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Tudo de novo a Ocidente

PRIMÓRDIOS DO REPUBLICANISMO EM RIO DE MOURO SINTRA

Associamos a influencia de José Cupertino Ribeiro Junior , implantação do ideário republicano em Rio de Mouro, e ao facto nas eleições para junta de paróquia realizadas em 1909,portanto antes da implantação da República, ter vencido naquela localidade o Partido Republicano .

Rio de Mouro na década de 80 do século XIX,foi palco dum conflito religioso  determinante para propaganda republicana.

O reverendo João Joaquim Costa e Almeida, antigo prior de Santa Marinha ,  Vila Nova de Gaia, e em Rio de Mouro, e capelão da Armada ; entrou em conflito com a igreja católica , por discordar da " infalibilidade do Papa",na época reafirmada.

Por esse motivo aderiu a igreja anglicana, a cuja hierarquia passou a obedecer,  contraiu matrimonio, construindo  na propriedade que possuía em Rio de Mouro,uma igreja e escola para crianças de ambos os sexos, com ensino gratuito.

O sucesso foi notável, em pouco tempo, a igreja contava com 500 fiéis, a escola 75 alunos.

Sendo a igreja católica romana,religião oficial do Estado,o reverendo Costa Almeida e a esposa, foram vitimas de perseguições e ameaças.

Temendo consequências gravosas, naturalizaram-se espanhóis,  em Madrid  estava a sede da religião protestante na Península Ibérica e acolheram-se a protecção daquela.

Mesmo assim, depois de expulsos da Igreja Católica,foi passado ao regedor de Rio de Mouro,ordem para proceder a detenção do casal e conduzi-lo ao tribunal de Sintra afim de serem julgados por heresia.

O regedor em face da ordem recebida,informou, sendo o reverendo e a mulher  tão populares, não podia prometer que o cabo de ordens fosse capaz de cumprir o mandato; seria melhor mandar tropa para os prender. 

 Foram enviadas tropas de Lisboa detiveram o casal sendo conduzido a pé até ao tribunal na vila de Sintra no meio de grande aparato.

 Costa Almeida simpatizante do ideal republicano, fez chegar a Lisboa,relato da melindrosa situação , solicitando, advogado para o defender.

Manuel de Arriaga, um dos mais prestigiados advogados da época, mais tarde havia ser o primeiro Presidente da Republica Portuguesa,  amigo dos detidos, dirigiu-se a Sintra onde em tribunal fez brilhante e inatacável defesa que conduziu a libertação dos detidos. regressando a Rio de Mouro foram entusiasticamente aclamados pelo povo.

Manuel de Arriaga passou ser visita frequente do reverendo em Rio de Mouro. O Partido Republicano foi consolidando implantação na freguesia.

A foto da igreja evocação da Santíssima Trindade, existiu na quinta do reverendo e, não sei onde ficava com exactidão . 

O reverendo João Joaquim da Costa Almeida faleceu a 4 de Novembro de 1897.

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IN MEMORIAN DE ILUSTRE ARQUITECTO

Numa terça-feira  18 Fevereiro de 1947,faleceu de velhice, em sua casa na localidade de Paiões,Rio de Mouro Sintra, Arnaldo Redondo Adães Bermudes,arquitecto insigne personalidade na arquitectura e vida social  portuguesas de todos os tempos.

Republicano, membro da maçonaria, tendo sido iniciado na loja "FIAT LUX",sediada na cidade do Porto; terra da sua naturalidade. Adoptou no universo maçónico  nome simbólico de  Afonso Domingues.

Deixou muitos projectos, os quais também acompanhou a execução, dada a sua formação de engenharia.

Curiosamente local onde ao longo dos anos, milhares de pessoas esperam que sorte lhe sorria : sala de extracções da lotaria da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, inaugurada em 1903, é projecto seu.

O funeral sem pompa nem grandezas realizou-se para , o cemitério paroquial de Rio de Mouro, em campa rasa " HIC JACET ".

O largo onde se situa a casa onde viveu, tem o seu nome, igualmente em Lisboa, freguesia de Marvila está rua com identica designação.

No oriente eterno onde finalmente descansa, talvez, fique satisfeito porque alguém como ele conhece acácia, não esqueceu; recordar, deve ser timbre dos bons e justos irmãos. R. I. P.

 

 

  

HERÓI E VILÃO ?

Na época pós-pombalina e final do antigo regime até implantação da Republica;Rio de Mouro foi local de residência ou veraneio de importantes figuras da sociedade portuguesa.

Uma dessas personalidades seria Florêncio José da Silva, Marechal de Campo do exercito liberal.

Personagem controversa, havia nascido em Oeiras,na década final do século XVIII. Assentou praça muito jovem,tendo participado na guerra peninsular.Teve carreira militar com rápida ascensão a postos superiores da hierarquia.

Quando deflagrou o conflito que originaria a guerra civil,tomou o partido dos liberais defensores da nova ordem constitucional,emigrando para ilha Terceira nos Açores,para se juntar as forças de D.Pedro IV. 

Não acompanhou ida do exercito liberal para o continente, ficando na Ilha de São Miguel com a patente de major como governador militar.

Acusado pela Camara de Ponta Delgada , de estar de conluio ,com desertores e realistas que provocavam distúrbios e roubos, foi expulso da ilha.

No continente não teve qualquer contratempo ,pois ninguém  valorizou o que lhe era imputado.

Terminadas as lutas liberais, vamos encontra-lo, morando em Rio de Mouro,residindo na sua Quinta da Gravata, onde em Novembro de 1854,lhe furtaram um relógio e um "grilhão em ouro",mais dinheiro vivo,tudo num valor aproximado de 20.000, reis, equivalente actualmente a 2 milhões de euros.

Em face da importância do roubo, fez queixa ao cabo de ordens Felisberto Antunes,que apresentou auto ao regedor da paróquia, Francisco Firmino, o qual encaminhou  ocorrência, para o administrador do Concelho de Sintra.

Não sabemos desfecho final deste episódio; parece que tudo se resumiu ao conselho de mudar as fechaduras das portas da habitação.Facto estranho atendendo ao estatuto do queixoso.

 

FACTOS DE RIO DE MOURO NO FINAL DO ANIGO REGIME

A  freguesia de Nossa Senhora de Belém em Rio de Mouro, durante séculos foi a mais importante de todas as do termo da vila.

Neste território do Município de Sintra,possuíam propriedades,normalmente belas quintas,algumas das mais abastadas famílias do Portugal de oitocentos.

Já escrevi neste espaço,acerca de algumas,no entanto ainda há muito para desvendar.

Um dos grandes do Reino senhor de extenso domínio neste rincão Sintrense, foi o Visconde de Beire, Manuel Pamplona Carneiro Rangel Veloso Barreto de Miranda e Figuerôa, casado com D. Maria Helena de Sousa Holstein,irmã do Duque de Palmela.

Beire, freguesia do concelho de Paredes, no distrito do Porto, onde este titular detinha  Quinta do Paço da Torre, adquirida por herança paterna.

Uma das filhas do Visconde de Beire, casou com Conde de Resende,desse matrimónio nasceu Dona Emília Maria de Castro, viria a casar com o escritor Eça de Queiroz. Por herança recebeu  quinta de Vila Nova, em Santa Cruz do Douro, concelho de Baião que Eça imortalizou  no livro " A Cidade e as Serras".

Em Rio de Mouro Visconde Beire era senhor do Casal  de Francos, com sua azenha, matas, vinhas e terras de trigo, que  arrendadas proporcionavam  bom rendimento.

No casal existiu casa onde o visconde e seus familiares, por vezes se refaziam do bulício citadino.

Sendo a esposa de Eça herdeira do Casal,talvez numa visita que o imortal escritor, porventura, haja feito ao sitio,tenha relembrado a escrita de parceria com amigo Ramalho Ortigão," O mistério da estrada de Sintra".Quem sabe?

 Além da família Lara da quinta da Fonte Nova, dos Andrade da Quinta do Pinheiro, Visconde do Tojal, Visconde de Benagazil, podemos acrescentar agora Visconde de Beire, atestando a importância social e económica da nossa terra até a implantação do regime Republicano em 1910.

 

 

VOLTANDO AO AQUEDUTO DA MATA

Retomando a temática deste empreendimento, tributário do canal principal do aqueduto das aguas livres, já referido neste espaço,vou lembrar hoje,mais características desta obra,

Depois de receber as aguas das  nascentes da chamuscada e do molhapão,o aqueduto antes da aldeia da Venda Seca, aduzia precioso liquido,vindo do poço da quinta do grajal.

Esta nascente vertia agua de excelente qualidade,que foi também aproveitada para outros fins. Famosa agua da fonte do cedro, era base de  deliciosa laranjada designada  "fonte do cedro",durante muito tempo vendida em lojas da area da grande Lisboa.

Mais tarde cerveja com a marca "cergal", seria laborada com a mesma agua,sendo bebida  de muito boa qualidade.As aguas da nascente foram contaminadas com infiltração de efluentes prejudiciais que devem ter tido origem em qualquer obra levada a cabo nas imediações. 

Prosseguindo ao longo do traçado, passada Venda Seca, depois de atravessar a estrada de Belas a Mafra,pela serra da carregueira,engrossava caudal do aqueduto agua vinda por conduta própria do Casal do Broco, alturas da quinta da fonteeireira.

Finalmente o aqueduto da mata  ligava com denominado das Aguas Livres,no sitio do Casal do Pelão,abaixo da quinta das Aguas livres.

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OS VEADOS FUGIRAM DO RIO

Investigar significa busca permanente na busca de um melhor conhecimento acerca das coisas e dos factos; algumas vezes aquilo em determinado momento achamos ser o mais azado, vem a revelar-se com decorrer da busca incorrecto.

Vem a propósito toda esta temática,de ao texto que escrevemos neste sitio,relativo a sitio maravilhoso da Freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra, conhecido pelo rio dos Veados.

Na altura,escrevi que a origem do topónimo deriva da existência de veados ou gamos. No entanto, igualmente referi no local existem muitos vestígios de antigos "passadouros" para possibilitar passagem a vau, com caudal reduzido a pessoas e carros de tracção animal.

Hoje pela manhã voltei ao local e fiquei com a certeza, o rio ali tem o nome de VIADOS, e não de Veados.

Viado é um caminho, trajecto, viador dizemos referindo-nos a quem vai de viajem, caminhante,transeunte, alguém que peregrina.

Deste modo os locais onde onde viador transpõe a pé um curso de agua a vau, são os VIADOS. Daqui provem igualmente o termo viaduto.

Veados são outra coisa. Assim está tudo certo e perfeito.

PATRIMÓNIO ESCONDIDO - AQUEDUTO DA MATA

O aqueduto das Aguas Livres,emblemática obra de engenharia , mandada construir pelo Magnânimo rei D.João V de Portugal, o qual gastou os recursos do erario publico, até a exaustão,de tal sorte, quando faleceu seria necessário contrair emprestimo para lhe fazerem as exéquias.

O aqueduto capta as principais nascentes no território hoje Município de Sintra sendo a principal no Olival do Santíssimo;foi preciso encontrar mais agua ao longo do percurso, para garantir um caudal suficiente para mitigar a sede aos lisboetas,já que no século XVIII, para lavar as ruas da cidade imundas e fétidas, com suínos a solta pelas calçadas,não havia agua suficiente.

Para o efeito foram construidos aquedutos secundários tributários do principal; um deles é o da Mata, denominado assim porque tem origem no sitio da Mata, junto da ribeira de Vale de Lobos,  pouco adiante da localidade do Telhal.

Para reforçar caudal de agua aduzido,foram feitas captações por meio de poços no aquífero subterraneo, o primeiro dos quais da Chamuscada, continua, actualmente,  ser utilizado.O segundo era o do Grajal junto da aldeia  Venda Seca.

O aqueduto da Mata, entronca com ramo principal ,vindo da banda das terras de Dona Maria, no casal do Pelão, perto da quinta das Aguas Livres.O traçado desta obra é quase totalmente enterrado, no entanto junto a quinta do Molhapão é visível pequena parte da arcaria.

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SITIO QUE JÁ FOI UMBROSO

Parece algumas vezes por ocorrências trágicas que se vão verificado amiúde, determinados sítios,são cobertos por assombramento.

Na antiga estrada Lisboa Sintra, adiante da paragem do Alto do Forte,entre Rio de Mouro e Ranholas,diversos factos de final infeliz ali verficados,contribuíram para dar má fama aquele, durante seculos, um ermo.

O primeiro desses eventos , falecimento súbito de uma senhora viajante; sentiu-se mal, devido a solidão do lugar não foi possível socorro; seus filhos em memória desse infausto acontecimento, mandaram erigir  cruzeiro que ainda lá existe.

No livro Mistério da Estrada de Sintra, de Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, colocam inicio do enredo a " meia distancia do caminho entre S.Pedro de Sintra e o Cacém,  num ponto que não sabemos o nome (...), sitio deserto como todo caminho através da charneca".Sem dúvida no trecho do caminho que identificamos.

Na década de 1930, acidente de automóvel perto do local onde funcionou durante muito tempo a estalagem " A Toca ", vitimou  jovem e talentoso escultor Roque Gameiro, e sua esposa. Este artista natural da Amadora era filho do celebre aguarelista do mesmo apelido.

No romance de José Cardoso Pires " A Balada da Praia dos Cães", o crime que serve de temática da obra, foi prepertado também por estas bandas.

Não sabemos  assombração já terá  passado; que dá que pensar lá isso dá... 

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MEDRONHEIRO EM FLOR PARQUE URBANO DA RINCHOA

A  flora do parque urbano da Rinchoa, Rio de Mouro , Sintra, tem características que indiciam estarmos na zona de transição do Portugal do Sul vincadamente mediterrâneo, seco, e o do Norte Atlântico e húmido.

Uma das espécies que polvilham o espaço do parque, é o medronheiro, arbusto perene de madeira dura folhas coriáceas, flores brancas e frutos  de cor alaranjada ou também vermelha-viva. Desses frutos depois de fermentados se faz  aguardente de gosto peculiar.

O medronheiro,em algumas regiões de Portugal,denomina-se  ervideiro,ervado ou érvedo.

Este medronheiro que fotografei, tem muitas dezenas de anos, avaliar pelo tronco e altura. Neste momento tem abundante floração e os frutos vão ganhando coloração.

Atendendo a época do ano,parece estranha esta situação. Neste Mundo em que vivemos tudo é estranho.

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ÁGUA CLARA DA CORRENTE

As abundantes águas novas caídas nos últimos dias recarregaram as nascentes aqui por estas ocidentais paragens da grande Olisipo.

Nas antigas terras do prazo de Meleças, mais tarde Quinta Grande, no exacto local onde a Ribeira de Vale de Lobos toma a designação de Fitares, na ponte que une a Rua da Quinta Grande com a Avenida das Nogueiras, na Rinchoa o caudal do curso de água apresenta agora  ar que lhe proporciona a origem do precioso liquido quando brota de nascente.

Para tornar ainda mais idílico o repousante o quadro, o leito da ribeira foi recentemente limpo e despojado da vegetação inútil que entrava  livre caminho das águas; enfim, tudo parece justo e perfeito.

É tudo por agora desde este encantado rincão de Sintra que é a Rinchoa, na freguesia de Rio de Mouro, onde fará para o ano meio século habito com muito gosto e sentimento de pertença.

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