Antes de surgir a empresa "Realizadora" constituída por Leal da Câmara, e outros seus amigos para lotear a RINCHOA e parte da Quinta Grande, existiam na localidade algumas casas importantes implantadas em Quintas. Estas propriedades foram desaparecendo com o desenvolvimento do processo urbanístico, hoje só resta a memóriaténue da sua grandeza. Como eram na sua maioria para recreio e repouso dos seus proprietários, tinham muitas árvores, quer de fruto quer de sombra das quais ainda é possível encontrar nos quintais de algumas vivendas, nomeadamente, carvalhos, castanheiros, pereiras , tílias...
As quintas pertenciam a gente importante de Lisboa ligada ao comércio e a actividade forense. Um conhecido advogado, vendeu à cerca de 30 anos, a um construtor a chamada "Casa do Pinhal", situada entre a Avenida dos Plátanos e a Estrada Marquês de Pombal. Como era de esperar o passo seguinte foi o de fazer o seu loteamento.
Esta quinta tinha uma bela entrada ladeada de tílias de restam poucos exemplares. O loteamento deu origem a várias vivendas e a um arruamento ao qual foi dado o nome de Rua do Juncal, por sorte duas das árvores ficaram no passeio da rua e foram poupadas ao abate. São exemplares imponentes que na época da floração servem de local de trabalho acentenas de abelhas e exalam um aroma muito agradável.
Uma das Tílias, a primeira a esquerda da foto, tem um tronco com um perímetro a altura do peito de 2,85 metros sendo a sua idade provável UM SÉCULO!
As magnificas tilias da Rua do Juncal estão em espaço público e podem ser admiradas portodos os sentem que as velhas árvores merecem o carinho e respeito devidos aos MONUMENTOS. Seria conveniente declará-las de interesse público. Para aqueles que unicamente tentam denegrir a nossa terra, e quem cá vive, duas sugestões: cultivem-se, e já agora, tomem chá de tília...
Há gente com jóias da natureza e não as sabe cuidar. Num mundo globalizado a singularidade tem valor acrescentado, por isso, deve ser valorizada e divulgada para fomentar nas pessoas sentimentos de partilha e pertença dando a essa particularidade o devido destaque.
No território sintrense, há um local,cuja envolvente encantadora não tem sido devidamente cuidada. O Cabo da Roca: sendo sem dúvida, o ponto mais a oeste do continente europeu, devia ter o adjectivo de FINIS TERRA, pois está a uma longitude superior há do Cabo Galego com aquele nome. O "Cabo do Monte da Lua" como antigamente se chamava era muito extenso, dizia-se ser o seu comprimento de 10 quilómetros, mar adentro. Como consequência dum mega sismo a terra foi submersa e resultou a "testa do cabo". A profundidade média em frente do Cabo ao longo de várias milhas é por isso de só 10 mts.
O Cabo da Roca devia ser considerado como um Santuário Natural. Batido pelos ventos oceânicos, sem vegetação de grande porte, quem visita o Cabo ao aproximar-se do cruzeiro no topo da falésia sente estar perante um FIM DO MUNDO.
É um lugar de longura e fascínio. Infelizmente os fios eléctricos e os postes de iluminação inadequados conspurcam uma atmosfera que deveria ser unicamente céu e mar.
Urge acabar com esta situação, que degrada o ambiente. E porque não promover um concurso de ideias, de modo a tornar o Cabo da Roca na grande PORTA do OCIDENTE e fomentar ainda mais a visita de turistas? Estamos perante uma atracção de grandepotencial.
O nome do cabo deriva do halo de nuvens visível do mar e que quase sempre cobre o seu dorso e Roca é aquilo que o povo chama o "barrão".
Aqui finda a Terra da Europa, entendida como um espaço "do Atlântico aos Urais " frase celébre dum grande Europeu, o General De Gaulle. Devemos contribuir para seja um sítio de comunhão plena entre o Homem e a Natureza. Há poucos lugares no Mundocom tanto mistério e magia como este.
O homem ao longo dos tempos tem demonstrado a preocupação de deixar testemunhos da sua passagem para manter a lembrança para além da existência efémera da vida.Para isso constrói, escreve, procria ou planta árvores, como refere o pensamento arábico.
Em tal dia como hoje em 1 de Junho de 1869, foi o casamento de D. Fernando II com a Condessa d'Edla, com a intenção de assinalar esse acto foi plantado no Parque da Pena um eucalipto da variedade Eucalyptus obliqua.
O local escolhido foi junto a denominada feteira da condessa. Dado as condições serem as mais adequadas para o desenvolvimento da espécie (água e terreno abrigado) o eucalipto vingou e, mantém-se pujante, passados 139 anos, recordando naquele recanto romântico de Sintra o fausto acontecimento. Suas Majestades há muito desapareceram, mas a árvore resistiu a ventos e tempestades porque o seu colossal tronco a mantém bem firme no seu posto. É a mais grossa de todas do Parque merece os nossos parabéns neste seu aniversário. Sim, as árvores também merecem festa de anos. Longa vida a este "indivíduo notável" como lhe chamou o Prof. Mário de Azevedo Gomes, grande Português autor da Monografia do Parque da Pena, o dia 1 de Junho também devia ser DIA DO REAL EUCALIPTO DO PARQUE DA PENA...Porque não?
(Nota: Não foi possível tirar uma fotografia ao eucalipto, uma vez que, a zona do Parque da Pena onde se encontra o Chalé da Condessa está vedado para obras de recuperação).