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Tudo de novo a Ocidente

EPIDEMIAS NO CONCELHO DE SINTRA NOS TEMPOS IDOS

A realidade é muito diferente da lenda. Assim acerca de sítios e regiões surgem ideias que um estudo  objectivo e isento acaba por contestar com fundamento. A nossa terra, o concelho de Sintra é referido, no presente com justiça,  como sendo,um território de clima ameno e de salubridade exemplar. No entanto ainda há pouco mais de um século, a situação em grande parte do mesmo devido ao deficiente abastecimento de água, era calamitosa. Quanto à rede de esgotos só no século presente, todos aglomerados ficaram servidos e acabaram as denominadas "fossas" que os serviços de saneamento regularmente, esvaziavam utilizando veículos apetrechados com sistemas de bombagem. O tifo foi muito frequente, e as pessoas de mais idade recordam-se  de vários surtos, resultantes de condições de vida primitivas e do desleixo das autoridades municipais, que nem as posturas que aprovavam faziam cumprir.

Segundo documento a que tivemos acesso o quadro seria negro,senão vejamos:

Constando do relatório do sub-delegado de saude, mandado a Collares para investigar das causas da gravidade e da molestia epidemica que n´aquelas immediações grassava, e se a sua origem e effeitos se podem atribuir, em grande parte, à falta de policia que se nota nas povoações invadidas, e especialmente ao uso da agua inquinada de detritos animaes, pois que na AZOIA o povo usa das aguas de uma ribeira, que passa  no meio da povoação,carregada de immundicias;no ALGUEIRÃO a fonte pública fica inferior a estrumeiras que inquinam a agua  a ponto de no verão se lhe nota a côr,cheiro e gosto do estrume;na ABRUNHEIRA fica igualmente a fonte inferior ao tanque das lavadeiras,o que dá azo a que durante o estio a agua se corrompa.

Constando mais que nas povoações acima indicadas há nos pateos das casas grandes estrumeiras, e nas ruas dellas charcos e pantanos, e que estas causas reunidas concorreram para o desenvovimento das febres typhoides que ultimamente ali appareceram. E sendo indispensavel tomar as providencias precisas para que essas causas de insalubridade desappareçam, a fim de que não venha a renovar-se com maior com maior intensidade a molestia extinta: Manda sua Magestade EL-REI que o governador civil de Lisboa dê as ordens convenientes à camara municipal de Cintra, para que, com brevidade possivel, cuide de fazer construir chafarizes ou fontes nas povoações da Azóia,Abrunheira e Algueirão,por forma que as aguas de que ali se houver de fazer uso sejam puras e limpas, e não inquinadas de detrictos animaes. Que igualmente recommende á camara e ao administrador do concelho que dêem prompta execução ás posturas do concelho que vedam as estumeiras dentro dos povoados.

 A situação descrita verificou-se em 1864, o abastecimento de água e a salubridade das povoações eram precários. Os chafarizes que se recomendava deviam ser construídos, seriam talvez, idênticos ao que ainda existe no Largo de D. Maria II, no Cacém, reproduzido na foto, inaugurado no ano de 1849. Por aqui se pode fazer uma ideia do que seriam as condições em que vivia a população no século de oitocentos. Quando nos referimos ao século XIX português, não podemos deixar de notar que relativamente à Europa da época o nosso atraso era abissal. Sintra ficava ás portas da capital, no resto do País seria muito pior, lembremos que a esperança média de vida era de cerca de 40 anos. Um dos factores que contribuiu para que aumentasse para o dobro este indicador, foi o de que hoje em Portugal, a totalidade da população dispõe de agua canalizada e esgotos no domicilio. No entanto, convém não esquecer de que politicas restritivas de cortes nas verbas que devem ser aplicadas na manutenção do  que está feito, poderão em pouco tempo, provocar de novo situações que levaram séculos a erradicar. A isso chama-se retrocesso civilizacional, e não se pense que é alarmismo.    

 

UM FERRADOR QUE TRATAVA DA SAÚDE EM SINTRA NO SÉCULO XIX

Face aos problemas relacionados com os cuidados de saúde, que são devidos á população, e que de amiúde são motivo de justas reclamações, tanto pela insuficiência das instalações para o atendimento, quer por falta de pessoal médico de enfermagem, e administrativo. Poucos farão uma pequena ideia de como seria prestada a assistencia sanitária aos habitantes de Cintra - como então se escrevia,nos anos 80 do século XIX, e  por isso iremos contar sem qualquer comentário o seguinte: Quer Sua Magestade que o governador civil estranhe ao administrador do concelho (de Cintra), a indiferença com que ele tem olhado para o facto de se  achar um simples ferrador tratando doentes, e exercendo a profissão médica, facto que sendo um crime punido pelo artigo 236º & 2º do codigo penal, ele tinha duplicada obrigação de reprimir, ou como autoridade de polícia, ou como sub-delegado do conselho de saúde, e que lhe ordene levante logo os autos de investigação necessários sobre os actos criminosos daquele individuo, aos quais  se alude no relatório do comissario do conselho de saude, e os remeta ao ministério público,para instaurar o comptente pocesso criminal. E da execução desta portaria dará o governador civil oportunamente conta.

 

Paço,em 18 de Fevereiro de 1868--Duque de Loulé

 

Apesar de tudo o povo nem sempre quer saber dos avisos e recomendações e continua a proceder como se não houvesse problema algum quando é avisado. Curiosamente existe uma artéria a RUA DO FERRADOR, na zona de Albarraque Freguesia de Rio de Mouro. Terá alguma relação com a determinação legal enunciada? Não sabemos;pode ser uma homenagem ao "falso médico"e não é caso para estranhar. Atente-se no que escreveu ( António Ferro-1933), em entrevista que lhe concedeu o Professor Oliveira Salazar, o qual afirmou "Basta ver as reacções do nosso povo. diante dos grandes crimes (...) o primeiro movimento é de violência de rancor, quase ódio  contra o criminoso, mas depois do julgamento quando há condenação aparece logo um movimento de compaixão, coitado ! Pobre homem! Bem basta o que já sofreu... A. Ferro perguntou ao Dr. Salazar: Mas isso não prova a bondade natural do nosso povo? resposta do ditador: "aquilo a que nós chamamos bondade natural não passa dum sentimentalismo doentio". Se calhar foi isso que deve ter "salvo" o ferrador, que tratava da saúde  em Sintra aos "animais" de toda a espécie  no ano da graça de 1868.

 

 * Rua do Ferrador em Albarraque

 

O DR. AFONSO COSTA E O VINHO DE COLARES

Chegou ao nosso conhecimento a realização duma iniciativa, com o objectivo de dignificar e recolocar os vinhos da região de Colares, no lugar que por direito lhes compete, não só pela sua excelência mas também porque se trata dum produto, que é um ex-libris da nossa terra. Somos apreciadores do vinho Colarejo, pelo que o aumento da área das vinhas, é um facto que saudamos pois representa uma garantia de futuro para  o mesmo. Propusemos em tempo a reedição dum livro de 1938, cuja capa se reproduz, e que estava esgotado.

Tudo o que se relaciona com o vinho de Colares, nos interessa,por isso gostaríamos de partilhar um episódio que decorreu no Senado da República, sessão de 18 de Junho de 1913, do qual foram protagonistas o Sr. Dr. Brandão de Vasconcelos, sintrense ilustre, grande defensor da qualidade dos vinhos de Colares, e o então Ministro das Finanças e Presidente do Governo, Dr.Afonso Costa.

O Dr. Brandão de Vasconcelos  aproveitando a presença de Afonso Costa, chamou a atenção duma ocorrência relacionada com o vinho de Colares referindo: "o comércio e exportação dos vinhos de pasto do tipo regional de Colares, só é permitida aos produtores e comerciantes que se inscrevam em registo especial, no Mercado Central de Produtos Agrícolas. Ora em 7 de Fevereiro deu-se a circunstância dum fiscal lhe contar que estava um vinho a despacho para S.Paulo (Brasil), sem que o despachante estivesse inscrito,pelo que o vinho foi legalmente apreendido. O que aconteceu?

O dono do vinho é a antiga Real Companhia Vinícola do Norte de Portugal, potentado muito grande, que alegou que o vinho tinha sido comprado  a um negociante de vinho de Colares-Viúva de João Nunes e filhos de Cintra. Ora V. Exª compreende que há sombra desta encomenda de vinho genuíno, poderão os contraventores exportar vinho de qualquer outra proveniência, desde que como aconteceu no presente caso não seja exigido que a remessa leve a marca  da casa fornecedora, única forma de tornar efectiva a  fiscalização. Chamo para este caso a atenção do Senhor Ministro das Finanças.

O Sr. Dr. Afonso Costa, respondeu "O Sr. Dr. Brandão de Vasconcelos  pode estar certo de que o que acaba de comunicar ao Senado, se for exacto, porque V.Eª se guia por informações que lhe derão, tomarei as providências necessárias para castigar quem tenha abusado."

Aproveitando o ensejo o Dr. Afonso Costa, lembrou o cariz do novo regime:" V. Exª referiu-se à Companhia Vínicola do Norte de Portugal, que antigamente era Real, eu posso informar que essa Companhia  ainda hoje se intitula Real, tendo há dias  oficiado ao meu colega do Fomento para que tomasse providências,no sentido de proibir o uso desse adjectivo. Não é somente essa Companhia que usa Real nos seus emblemas, impressos e cartas, é também a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, que para todos os fins, menos para o público emprega a palavra Real. Num País onde não há realeza não há nada que se possa considerar Real ".

Neste episódio combinam-se a defesa do "nosso" vinho e do regime Republicano. Os que apreciamos  o vinho de Colares, louvando a intervenção do Dr. Brandão de Vasconcelos, não podemos deixar de aproveitar  a "deixa" do Dr.Afonso Costa e reafirmar que o vinho de Colares é um néctar digno tanto de republicanos como de monárquicos.

Estamos ainda muito próximos das comemorações do Centenário da República, porque não engarrafar algum genuíno vinho de Colares, assinalando a efeméride? Assim poderíamos levantar o copo à memória destes preclaros Portugueses. O vinho de Colares tem linhagem de qualidade, carácter laico no consumo, e a alma perene do povo saloio.

Para finalizar queremos fazer uma declaração de que não podemos brindar com um ramisco de boa colheita porque neste como noutros aspectos do quotidiano a "troika" e a crise que a pariu, fundiram as nossas moedas quase todas...

 

 

A FEIRA FRANCA DE AGUALVA- 300 ANOS DE TRADIÇÂO

A feira anual de Agualva,que se realiza no lugar e freguesia com o mesmo nome, no Município de Sintra, começou a efectuar-se pelo menos no século XVII e sendo assim é uma das mais antigas da região saloia. Durante muito tempo, Agualva pertenceu ao concelho de Belas, até que 1855 aquele foi extinto. A feira da Agualva tinha uma dupla função: lúdica e religiosa. Por causa desta última, um nosso conterrâneo, Agostinho José Gomes, na qualidade de procurador da Confraria de Nossa Senhora da Agualva, pediu em 1790 á Rainha D.Maria I "a graça de nos 3 dias da mesma fosse feira franca,como já tinha sucedido em tempos anteriores". O pedido foi satisfeito nos termos seguintes:

Sendo-me presente,que a Confraria de Nossa Senhora da Agualva na Freguesia de Bellas, havia alcançado dos Senhores Reis e Senhor Dom João V; meu avô, e Dom José I. Meu Senhor e Pai que estão em Glória, para no sitio da Ermida da mesma Senhora terem 3 dias de Feira Franca, para com as esmolas que conseguirem dos devotos acudirem aos reparos e obras, que na mesma Ermida se fazião necessárias: e que por falta de lhe ser confirmada aquela graça que lhes fora feita por esmola, tinha a mesma Confraria deixado de continuar as suas obras, e de por em forma decente e própria ao Culto devido à mesma Senhora a referida Ermida: Hei por bem e por esmola, fazer Mercê a sobredita Confraria de lhe confirmar a referida graça dos três dias de Feira Franca(...) como foi declarado  no alvará de concessão de dezoito de Outubro de mil setecentos e doze (1712). Vila das Caldas em 9 de Maio de 1787, com a rubrica de sua Magestade".

Como é sabido D.Maria I passou à história com o cognome de Pia, e neste caso demonstrou essa sua propensão para atender tudo o que se relacionasse com piedosos desejos. Ficámos a saber que neste ano de 2012 perfazem 300 anos que a feira passou a ser franca, isto é livre do pagamento dos direitos devidos à Coroa, a existência da Feira é concerteza muito anterior. Como curiosidade o documento régio foi passado na Vila das Caldas, onde a Rainha estaria, talvez, a fazer tratamento termal. Com a prerrogativa de feiras francas como a da Agualva eram as feiras do Campo Grande de Alvalade, e do Lumiar "nos arredores de Lisboa", como se dizia naquele tempo.

 

QUINTA FEIRA DA ESPIGA

Quinta-Feira da Ascensão que ocorre quarenta dias após a Páscoa, está actualmente  associada a uma tradição de origem campesina, e por isso é feriado Municipal, em muitas zonas de Portugal onde durante séculos a cultura dominante foi o trigo. Na região de Lisboa é feriado em Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Vila Franca de Xira, Benavente, Cartaxo e Salvaterra de Magos.

A vertente pagã desta efeméride de celebrar a espiga, era uma maneira de chamar a atenção para o facto do Verão estar a chegar e com ele a época das ceifas. No antigo Egipto a espiga simbolizava o ciclo natural dos mortos e do renascer - "A espiga contém o grão que morre seja para alimentar seja para germinar". Cristo subiu ao Céu neste Dia um dos mais belos do simbolismo Cristão.

Antigamente porque era um dos dias santos do calendário católico mais  respeitados, ninguém trabalhava, daí uma "cantilena" que se recitava na Beira, que o meu saudoso avô Augusto Cortez, me ensinou:

 

SE OS PASSARINHOS SOUBESSEM

EM QUINTA-FEIRA DA ASCENSÃO

NÃO COMIAM NEM BEBIAM

NEM PUNHAM OS PÉS NO CHÃO

 

A PROPÓSITO DO LEITÃO ASSADO À MODA DE NEGRAIS

Negrais é um lugar da Freguesia de Almargem do Bispo, no Concelho de Sintra. Acerca da origem do nome já escrevemos no "post" editado em 22 de Julho de 2008. No entanto, o facto que lhe deu mais notariedade é a iguaria que serve de titulo a este apontamento.

Como terá surgido, esta tradição gastronómica é tema que tem gerado alguma controvérsia, pelas investigações que efectuamos, tudo pode ter começado assim:

Durante muitos anos na região saloia a ementa dos casamentos era constituída geralmente por "canja de galinha da capoeira, ensopado de coelho, borrego e leitãozinho, assados no forno, doces variados, vinho fino, licores, vinho do pipo guardado para a ocasião e o prato de arroz doce", este último pitéu porque representava um hábito que todos queriam manter, era imprescindível.

Para assar os cabritos e os leitõezinhos utilizavam-se os fornos da aldeia, o aquecimento destes, como seria natural era feito a  lenha. Negrais devido aos carvalhais das redondezas dispunha de boa lenha, condição que permitia temperatura adequada para execelentes assados, nomeadamente dos leitõezinhos. Deste modo NEGRAIS, ganhou nomeada por ser a aldeia onde  melhor se assava o leitão, servido nos casamentos das terras da região,daí a aparecerem vários assadores foi um instante, assim teria sido o começo do importante sector de negócio, a que se dedicam hoje, não só os "leitoeiros", empresários que assam e vendem produto para fora, mas também  os vários restaurantes todos de qualidade, existentes na povoação, ambos  verdadeiros "mestres" desse manjar único:  o leitão de Negrais, o qual justifica uma visita,para degustá-lo  "in loco". Negrais merece a designação de: "CAPITAL DO LEITÃO SÁBIAMENTE ASSADO". Não existe em Portugal qualquer outro lugar onde a perfeição da "assadura" do reco, alcance o requinte que aqui se verifica, se há dúvida, nada melhor do que experimentar e ficar a saber o porquê do  leitão de Negrais, ser de comer e chorar por mais!

 

 

ASSIM NÃO ADMIRA TER LUCROS INESPERADOS

Hoje os jornais e os noticiários televisivos anunciam que os lucros da Empresa Distribuidora de Electricidade, foram muitos milhões de euros. Alguém teve a supina "lata" de afirmar que eram melhor do que o esperado. Não admira, ontem as 20 horas apesar de ainda ser dia claro, nas ruas da Rinchoa no Concelho de Sintra, freguesia de Rio de Mouro distrito de Lisboa, a iluminação pública, já estava acesa, como se pode ver na foto. Quem paga estes consumos? Claro a Câmara Municipal, isto é: Nós. Quem comanda o fecho ou o começo da iluminação? Claro a empresa distribuidora. Palavras para quê.

ATRACÇÃO TURISTICA NA REGIÃO SALOIA NOS ANOS 30 SEC.XX

Como complemento do que escrevemos sobre a fonte pública da Rinchoa, iremos referir um outro interessante aspecto, relacionado com a mesma:

A água da fonte "não só chegava para a pequena quantidade de moradores" - na época  que estamos a reportar-nos a população do lugar não chegava a 80 habitantes" - as sobras iam encher um grande lavadouro público onde as mulheres, lavam a roupa, dando um ar pitoresco a essa parte da Rinchoa". Pelas informações que obtivemos o lavadouro situava-se numa pequena baixa, entre as actuais ruas da Fonte e do Vale, um pouco adiante da imponente sobreira que originou o nosso post de 6 de Novembro de 2007.

No local hoje ocupado com algumas hortas, para rega das quais se aproveita o que resta das águas da fonte, encontramos num dos morros que ladeia a pequena depressão onde existiu o lavadouro: um decrépito castanheiro e um viçoso carvalho negral, que devem ter proporcionado fresca sombra nos dias de calor, que sempre ocorrem neste rincão do concelho de Sintra.

A faina das lavadeiras, constituía um motivo, pelo qual gente de Lisboa e doutros sítios, se deslocava à Rinchoa, para observar o quadro.Como escreveu, o Mestre Leal da Câmara: "não havia amador fotográfico que não registasse no seu KODAK, o gracioso aspecto desse lavadouro".

A urbanização desenfreada dos anos 70 e 80 do século passado,alterou duma forma irreversível a paisagem, essa já não podemos fazer voltar, no entanto a memória e a alma dos sítios ainda a conseguiremos preservar, tornando conhecido o que na voragem dos anos se perdeu.

 

 

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