O município de Sintra, um território onde é possível encontrar amiúde elementos patrimoniais com interesse. Multidões de turistas "desembarcam" diariamente na sede do concelho, a maioria para visitar monumentos e consumir pouco. São bem vindos. No entanto para além de Sintra Vila, um acervo singular permanece no olvido, quem devia promover, talvez não faça com devido empenho.
Sintra património da humanidade, uma coisa, Sintra património dos Sintrenses outra.
Vamos divulgar a fonte rústica, construida há 150 anos na aldeia de Cortezia, freguesia de São João das Lampas, concelho de Sintra, monumento de cunho rural a rusticidade da "bica" empresta ao largo cujo nome é o seu, beleza das coisas simples e genuínas.
No tempo invernoso o vento sopra com intensidade,surgem os avisos meteorológicos amarelos ou vermelhos,conforme grau de perigo, somos aconselhados a tomar precauções, quase sempre referem possibilidade de queda de árvores na via pública.
Parece que há árvores desde a plantação lançaram raízes bem fundas, agarram-se ao chão, denotando intento de resistirem a ventos e marés.
Na estrada da Várzea de Colares, concelho de Sintra pela encosta segue em direcção de Almoçageme, encontramos por altura da "quinta dos pisões" renque de plátanos, devem ter sido plantados para sombrear a via, na década de 1940. Fustigados pela nortada ou pelos alíseos do oeste, adquiriram posição obliqua que os fustes apresentam.
Podemos afirmar, vergaram, não tombaram quando possível, a terra ajuda as árvores, assim em algumas ocasiões acabam por morrer, não na vertical contudo, sempre de pé.
A praça fronteira ao Palácio Nacional de Queluz, no município de Sintra,alberga no perímetro alguns edifícios de vistosa arquitectura, um deles da torre do relógio,actualmente estabelecimento hoteleiro "pousada Dona Maria I.",outro serve de aquartelamento ao Regimento de Artilharia Anti-Aéra Fixa, finalmente um distinto palácio conhecido por ter pertencido aos viscondes de Almeida Araújo, perto do qual se edificou conjunto habitacional , destinado a criadagem do Palácio Real,designado "Bairro do Chinelo".
A exemplo do sucedido em situações similares,também neste caso últimos proprietários,deram nome a construção.Inicialmente o palácio teve por finalidade servir de casa de campo do segundo Marques de Pombal, Henrique José de Carvalho e Melo, filho de Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro titular da casa Pombal, e sua mulher Eleonora Eva,condessa de Daun,Henrique nasceu em Viena de Áustria 1786, e faleceu 1812, no Rio de Janeiro , para onde havia seguido com a família Real,fugindo da 1ª invasão francesa.
Henrique José detinha extensas propriedades na zona de Queluz, sendo da primeira nobreza, desejava veranear junto da família real.Encomendou projecto da moradia campestre a renomado arquitecto, daí resultou edificação representativa da arquitectura civil portuguesa dos finais do século XVIII.
Notável edifício actualmente sujeito a obras de restauro,com objectivo da pintura das paredes exteriores voltarem a primitiva coloração,idêntica a do real palácio de Queluz.Para não ficar qualquer dúvida acerca da quem seria dono inicial,ostenta na frontaria o brasão da casa Pombal.