PADRE ALBERTO NETO (1931-1987)
Cumpre-se em 2017, o trigésimo aniversário da morte do senhor Padre Alberto Neto, tragicamente desaparecido em circunstâncias rodeadas de mistério.
Não conheci pessoalmente, actividade sacerdotal desenvolvida ao longo da sua curta vida, profícua e importante, dela ouvi falar com respeito e carinho pelas pessoas que tiveram privilégio de privar com ele. Pároco na Freguesia de Rio de Mouro, as homilias proferidas na antiga, já demolida, capela da Rinchoa, ficaram na memória de quem ouviu.
O nome foi atribuído a dois estabelecimentos de ensino do concelho de Sintra, em Queluz e Rio de Mouro. Não tenho dúvida da singularidade e grandeza da personalidade de Alberto Neto.
A propósito gostaria de partilhar algo, para realçar a estatura moral do padre Alberto.
No livro de José António dos Santos dedicado a D. Albino Cleto, (1935-2012) bispo emérito de Coimbra, grande amigo do Padre Alberto, o autor narra o seguinte :
"O cardeal Cerejeira em determinada altura mandou chamar Padre Alberto, supondo ser assunto grave dada animosidade dos sectores mais conservadores da igreja perante a actividade pastoral do prelado, para não ir sozinho pediu a D. Albino Cleto para o acompanhar. Conversa longa,quando saiu D. Albino perguntou se tinha sido repreendido,e seria transferido?. Nada disso aconteceu. O cardeal incitou Padre Alberto a continuar o seu labor como sempre. No fim desejou que padre Alberto o confessasse, assim fez..."
O cardeal convocando o Padre Alberto para calar os detractores, demonstrou grande apreço pelo sacerdote.
Em Rio de Mouro existe estátua em memória do pároco erigida onde estava a demolida capela da Rinchoa, a actual Junta de Freguesia, mandou embelezar a envolvente de modo a dignificar o local.
Homens como Padre Alberto Neto Simões Dias, continuam vivos,são exemplo para quem acredita na fé e na humanidade.