No espaço adjacente à nova estação ferroviária de Rio de Mouro, na linha de Sintra da unidade de transportes interurbanos da CP Lisboa, erigiram,os seus admiradores, uma estátua ao Sr. Padre Alberto Neto( 1931-1987), pároco da freguesia, desaparecido em circunstâncias trágicas. No pedestal da "memória "está a inscrição seguinte:"Foi neste local que o Padre Alberto Neto na antiga capela da Rinchoa passou a palavra aos seus fiéis".
Porventura muitos desconhecem como era o aspecto da capela, entretanto demolida. O pequeno templo construído a expensas do urbanizador da zona a "urbanil" abriu ao culto no domingo 21 de Junho de 1970, com a presença do Sr. Arcebispo de Mitilene, D. António de Castro Xavier Monteiro pelas 13 horas.
No seguimento foi oferecido pela "urbanil" um almoço de confraternização, as diversas individualidades presentes. A imprensa da época escrevia que a empresa" está a levar a efeito alguns melhoramentos de carácter social como turísticos na bela e linda linha de Sintra, nomeadamente na Rinchoa."
A imagem que apresentamos permite ter uma ideia do aspecto paisagistico da região à data. A capela denominava-se "capela - Salão da Rinchoa". O título de Arcebispo de Mitilene era atribuído ao auxiliar do Patriarca de Lisboa.
Quando procedeu á remodelação da estação ferroviária de Rio de Mouro - Rinchoa, a CP encomendou à Pintora Graça Morais uma obra para oferecer ao Munícipio de Sintra, e que seria colocada na Freguesia de Rio de Mouro para ser fruída pela população. Certo é passada quase uma década, o belissimo painel de azulejo continua a não ser admirado como deve, porque a Autarquia que devia zelar por isso, nada fez.
Em 23 de Março de 2007 na Assembleia Municipal referi o estado pouco cuidado da envolvência do painel, todos estiveram de acordo com os reparos e sugestões que formulamos ..e nada foi feito para melhorarar a situação...
A cidade de Bragança tem um Centro de Arte Moderna com o nome de Graça Morais como justo reconhecimento ao talento e trabalho desta
artista de renome mundial. Actualmente está patente naquele Centro uma importante exposição do grande Pintor Júlio Pomar.
Seria uma boa altura para a Camara Municipal de Sintra dignificar esta magnífica obra de arte, colocada em espaço público, e que por isso deveria merecer os cuidados que permitissem a quem passa admirar a beleza do painel,e saber quem o idealizou. O conhecimento é parte integrante da cidadania.
As imagens que deixamos falam por si: Colunas de iluminação, sinais de trânsito, paineis publicitários tudo permanece como se estivessem
a rodear um muro forrado de azulejo e não uma criação artística! Esta panóplia de obstáculos impede visualizar na sua plenitude, a composição pictória de cunho mágico e esplendorosamente solar, que Graça Morais criou...É uma dor de alma.