Segundo o "Memorial de Oeiras" obra de autor desconhecido do seculo XVIII: "o Rio de Oeiras tem o seu nascimento em um pego de água nativa, que está acima do pequeno lugar de Fanares, ao sul da Serra das Mercês, termo de Cintra, três léguas distante da sua foz, de cuja nascente correndo para o sul lhe chamam rio das enguias. Recebe a vertente da fonte de Nossa Senhora das Mercês que é do povo, não obstante estar no terreno e dentro dos muros da quinta do Marquês de Pombal (...) Depois de recebidas as nascentes dos montes que lhe ficam próximos, entra na quinta do Bastos, que é no lugar de Rio de Mouro, havendo antes desta quinta uma ponte rústica, que dá passagem no caminho que vem de Rio de Mouro para as Mercês. A saída da quinta do Bastos entra em uma ponte de boa cantaria e de um só arco por cima da qual passa a estrada real de Cintra. Aqui tem o nome de Rio de Mouro ".
Neste tramo da corrente fluvial está em curso uma obra de requalificarão fundamental para permitir a população fruir de espaço, até há pouco ocupado com hortas clandestinas, sem qualquer "arrumação", polvilhadas de "barracos", tubagens, bidons, "benfeitorias" irrigadas por bombagem ilegal de água da ribeira, descaracterizando a paisagem e usurpando o bem colectivo.
A Câmara Municipal de Sintra, em estreita cooperação com as Juntasde Freguesia de Rio de Mouro e Algueirão Mem Martins, mandou elaborar projecto, abriu concurso e hoje podemos constatar a modificação radical da paisagem. Quando em breve estiver concluído será caso singular na Área Metropolitana de Lisboa, mais valia na qualidade e fruição ambiental dos Munícipes Sintrenses.
A limpeza das margens permite contemplar freixos centenários e toda espécie de vegetação ribeirinha anteriormente ocultada pela anárquica ocupação.
Aves aquáticas: patos bravos galinholas, garças e outras regressaram ao habitat, está executada via pedonal de piso adequado a caminhadas com conforto e segurança, construiu-se auditório ao ar livre, plantaram-se centenas de árvores apropriadas, lançaram ponte, ligação pedonal das margens, contributo para consolidar urbanisticamente Rio de Mouro, Serras das Minas, Mercês e Mem-Martins enfim, que fará ressurgir a cidade! Caso para dizer que enguias difíceis de pescar, são óptimo petisco culinário, o melhoramento ora proporcionado, simbolicamente é de igual jaez. A RIBEIRA DAS ENGUIAS, voltou pertencer à população. Dentro em breve o concelho de Sintra, no território de maior densidade populacional, proporcionará aos moradores uma ímpar e merecida qualidade de vida sem paralelo em toda Grande Lisboa.
Arautos da desgraça, apoiantes do descrédito e durante décadas dos interesses ocultos de banqueiros, de concluio com patos bravos, pretensamente: "empresários da construção civil", lançaram acerca do território do município de Sintra e de quem teimava viver na área urbana do concelho propalando: "só betão" afirmação para denegrir espaço habitado, neste cantinho do ocidente português e instilar sentimentos de desconforto e discriminação nos Sintrenses, estilo poema: "Sobe Luísa sobe a calçada", tentando promover a transferência de população a outras "paragens" talvez mais lucrativas para os "donos de tudo isto".
Passaram quinze anos, actualmente "Sintra do pandemónio" como designei por contraponto, a "Sintra do património " em diversas intervenções na Assembleia Municipal (órgão autárquico onde permaneci uma década, do qual fui "arredado"). Felizmente, decorrido escasso lapso de tempo Sintra, onde habitam trezentos mil pessoas, dispõe de espaços verdes adequados.
Parques urbanos: Felício Loureiro em Queluz, Salgueiro Maia e Quinta das Flores Massamá - Monte Abraão, Parques Linear Polis e Quinta da Fidalga em Agualva Cacém, parque urbano da Cavaleira Algueirão-Mem Martins em construção, brevemente surgirá outro na Tapada das Mercês.
Os parques urbanos de Alto do Forte, Serra das Minas o novíssimo da Rinchoa, todos na freguesia de Rio de Mouro.
Este ultimo resultou do aproveitamento de mancha florestal de 7 hetctares de superficie, povoada de árvores de grande porte, tais como: carvalhos, eucaliptos, medronheiros, choupos, pinheiros mansos... e um ribeiro: a Ribeira de Fitares, de águas limpidas, podemos afirmar, espaço de lazer ímpar na Grande Lisboa, somente a 15 quilómetros do centro da urbe lisboeta.
A Vila sede do concelho dispõe de belo parque o "parque da Liberdade" hoje maioritariamente fruído por turistas.
Vencemos o betão, escreveu Frederico Garcia Lorca: "verde te quero verde", será apropriado dizer conseguimos isso em Sintra, graças adequada política de gestão municipal e empenho das juntas de freguesia. Deixo imagens do parque da Rinchoa.
Contra ventos e mares, como já escrevi neste espaço, o Município de Sintra avança para ser segundo concelho do País em todos os índices a seguir a Lisboa.
Durante muito tempo sectores da banca de conluio com promotores imobiliário, alguns decisores autárquicos, desejaram esvaziar o território de Sintra da classe média residente e encaminhar os potenciais compradores para onde estavam estabelecidos interesses que seriam rentáveis se os objectivos fossem concretizados.
A crise financeira fez implodir grupos bancários financiadores, os construtores civis também levados pelo rebentamento da bolha imobiliária. Estou integrado no conjunto daqueles que adoram morar em Sintra, sempre pugnei que o concelho fosse dotado de equipamentos indispensáveis a um quotidiano com qualidade de vida e também para o grau de dependência relativo a Lisboa se atenuasse.
Finalmente vamos nesse sentido! O centro Comercial "Fórum Sintra" um sucesso, e prova disso é a abertura naquele centro de uma loja de vestuário de preços acessíveis de marca francesa, a primeira instalada na área da Grande Lisboa, assim significativo número de pessoas de toda Área Metropolitana, ruma a Sintra para fazer compras. Quem diria? Há mais! Vamos demonstrar que: a "hora " de Sintra, finalmente chegou!