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Tudo de novo a Ocidente

COISAS DO FUTEBOL MESMO NO TEMPO DA OUTRA SENHORA

Fenómeno desportivo social, futebol, suscitou desde sempre comportamentos,dos adeptos, para além do razoável,até fora das quatro linhas, como é vulgar ouvir,

No tempo da ditadura Salazarista, contrariamente, ao por vezes se propala, não havia mais respeito , nem contenção na forma como os " furiosos da bola " se comportavam , apesar da repressão , e falta de liberdade.

Março de 1951, faz agora portanto, 70 anos, o Sintrense,jogando nessa altura no campeonato da primeira divisão distrital da Associação de Futebol de Lisboa ( A.F.L), estava em risco baixar de divisão,disputando jogos de permanência, o ultimo dos quais com o Alverca, no campo do clube ribatejano.

A partida presenciada por grande assistência,terminou com  vitória das cores de Sintra, por 3-1. Segundo as crónicas  jogo muito mau.

Terminado o prelo seria bom e bonito,os adeptos do cube vencido, frustrados,usaram como escape, a vandalização dos automóveis e autocarros vindos de Sintra. Enfim ! A violência associada a paixões clubistas, já vem de longe , tal qual  bebida famosa.

Para história fica, composição da equipa do Sintrense, talvez alguém ainda  recorde  algum dos " heróicos " futebolistas.

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DOMIGOS MAXIMIANO TORRES (RIO DE MOURO 1748-TRAFARIA 1810)

Ilustre sintrense um dos mais destacados membros da Nova  Arcádia, amigo de Filinto Elísio, e de muitos outros arcades, autor de alguns dos mais belos sonetos escritos em português, é por isso grande vulto das letras pátrias.

Resolvemos partilhar com os nossos leitores, uma sua inspirada composição como lenitivo as agruras do tempo presente, e que contém matéria para meditação.

 

 

Á VIDA RÚSTICA

  

Feliz o que da corte retirado

Lá nos campos que herdou dos seus maiores

Imitando os singelos lavradores

Volve os pátrios torrões c`o liso arado

 

Não desperta jamais alvoraçado

Da rude chusma aos naúticos clamores

Nem ao tom dos horríficos tambores

Ou da estrondosa bomba ao rouco brado

 

Sem de temor pender,nem de esperança

Não vae co`a leve turba aduladora

incensar os altares da privança.

 

Humilde enfim a Providência adora

No meio da tormenta ou bonança

Esta é a vida ,oh céos,que me namora

                                                                     

Este soneto consta de "Nuno Catharino Cardoso, (1918) antologia de Sonetos Portugueses-Luso Brasileiros, Lisboa, edição do autor. 

                                                                      

 

 

OS CENTENÁRIOS PLÁTANOS DA VOLTA DO DUCHE NA VILA DE SINTRA

O meu querido amigo e ilustre sintrense José Alfredo da Costa Azevedo, escreveu no seu livro a Vila Velha (ronda pelo passado) e relativo a Sintra: "a volta do Duche". Já aparece referida num documento de 19 de Junho de 1888, com a designação de "Estrada Nacional nº88 que desta vila segue para Mafra".     

No entanto segundo outro de 1868, para a construção do lanço da estrada de "Cintra àVila Estephania" foi expropriada, pelo Ministério das Obras Públicas do Reino, uma parte da quinta denominada do "DOUCHE"pertencente a José Carlos O`Neil, sita na freguesia de S. Pedro, Concelho de Sintra.

Parece deduzir-se destes elementos que primitivamente a volta do duche foi aberta para ligar a Vila, ao seu "subúrbio" da Estefânia, como se dizia na altura, só mais tarde integrada na estrada 88, que durante o consulado salazarista, passou a designar-se EN.249.

Assim os plátanos que crescem na da volta do duche, no espaço que vai da actual fonte mourisca, e o local  de paragem dos autocarros de turismo, devem ter sido plantados por essa época, são pois centenários. A grossura dos  troncos impressiona. Temos escutado comentários do tipo"que idade terão?"

Atendendo ao numero de visitantes que passam junto às árvores, seria útil com uma informação sucinta em diversos idiomas, chamar a atenção para a provecta idade dos plátanos, e assim adicionar um motivo para admirar mais uma singularidade de Sintra.

Curiosamente o marco quilométrico da citada EN249, colocado na berma, um pouco antes da entrada para o jardim "PARQUE DA LIBERDADE", tem numa face a indicação Sintra (Estefânia) 1Km. A volta do duche surgiu para permitir acesso fácil entre Sintra e o seu novo "bairro" extra-muros, só mais tarde foi integrada numa estrada nacional, todavia agora pertence ao património Camarário.

 

A SINTRA TERRA HOSPITALEIRA

Sintra sempre foi local de acolhimento de gente oriunda de muitas terras e que aqui encontraram trabalho e outras condições para uma vida melhor. Esta pluralidade de origens é uma das vantagens que a urbe sintrense tem relativamente a outros municípios que com ela disputam a primazia autárquica de Portugal.

Este pequeno preambulo, serve para partilhar com os leitores uma pequena mas interessante história. O cronista de Sintra, que foi o saudoso José Alfredo C.Azevedo, nas suas Velharias de Sintra II p.13 refere-se ao seu professor da escola primária, António Joaquim das Neves (Mestre Neves), cuja memória se recorda na lápide colocada no antigo edifício escolar, onde hoje é o gabinete de apoio ao munícipe junto à Câmara Municipal na vila de Sintra, José Alfredo informa que o Mestre era casado com uma professora primária D. Emília das Neves. Esta senhora leccionou muitos anos em Vila verde freguesia da Terrugem. No entanto não nos é dito a naturalidade destes docentes.

O professor António Joaquim das Neves, nasceu no lugar e freguesia de Colmeal, concelho de Góis e D.Emília das Neves e Silva, era natural da freguesia e concelho de Pampilhosa da Serra onde nasceu em 3 de Agosto de 1862. Ambos durante muitos anos foram transmissores de conhecimentos a centenas de crianças do Concelho de Sintra. O Mestre Neves foi um grande Republicano e a sua esposa "era conhecidíssima nos meios culturais do País", o casal viveu em Sintra até ao falecimento. Como muitos de nós, escolheram Sintra como terra de adopção.

O autor destas linhas é também natural de Pampilhosa da Serra, reside em Sintra desde 1973, sendo por isso Sintrense. Como resultado da sua Dissertação de Mestrado em Ciência Política: Cidadania e Governação, defendida em Junho de 2010, foi editado o livro cuja capa ilustra este "post", a sua leitura permitirá conhecer um Concelho, donde vieram algumas pessoas que a Sintra devotam o amor devido a uma terra que se ama. Quem ler o livro pode, deixar a sua opinião, que desde já  se agradece. 

 

MAIO DE 1927: I VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA

A terra onde nascemos depende de factores diversos, costuma dizer-se que poucos se podem gabar de terem nascido em local previamente escolhido. Já o a localidade onde moramos resulta quase sempre duma escolha, como consequência, com o decorrer do tempo a "nossa terra" é o sítio onde vivemos e desse modo passamos a ter um sentimento de pertença a esse lugar. Somos dos que se englobam nesse grupo, embora não tendo nascido em Sintra, assumimos a qualidade de sintrenses e temos orgulho  nessa qualidade. Deste modo, tudo o que os nossos conterrâneos fizeram de notável para dar brilho e tornar mais famosa a terra que nos adoptou,  interessa-nos.

Em Maio de 1927 realizou-se a "I VOLTA CICLISTA DE PORTUGAL". O vencedor foi um Sintrense. Como curiosidade queremos partilhar com todos um extracto da Acta da sessão da Câmara de Sintra de 19 de Maio de 1927, cujo teor parcial é o seguinte:

No Domingo findo quinze do corrente, chegou ao seu termo a prova desportiva mais formidável até hoje realizada. Como vossas Excelências bem sabem esse empreendimento deve-se ao jornal DIÁRIO DE NOTÍCIAS (...). A primeira volta em bicicleta em torno de Portugal trouxe-lhe novo título de glória - Dessa glória partilhamos também nós Sintrenses pois coube-nos a honra da vitória na pessoa dum nosso conterrâneo ANTÓNIO AUGUSTO DE CARVALHO, NATURAL de ALBARRAQUE (freguesia de Rio de Mouro ), deste concelho.

Fica o texto completo para memória.

Em Sintra sempre tivemos gente com "pedalada" para vencer grandes desafios, como demonstra o feito deste "patrício", basta seguir o seu exemplo para com determinação e eficácia resolvermos os problemas que se nos deparam.

Tendo nascido em ALBARRAQUE talvez Augusto Carvalho tenha dado graças a DEUS pela sua vitória na Capelinha de Santa Margarida Padroeira da Aldeia e cuja imagem deixamos...

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