BAIRRO DOS AVIADORES, RIO DE MOURO II
Voltamos ao "bairro", artéria que ostenta nome glorioso de um dos brilhantes pioneiros da aviação portuguesa : Jorge Castilho
Hoje praticamente desconhecido da maioria dos portugueses, um homem coerente, fiel ao seu ideário político, heróico patriota,morreu longe da Pátria que tanto amou.A vida dava um filme,nascido na freguesia de São José da cidade de Lisboa aos vinte e três dias do mês de maio de 1882,filho do Almirante Augusto Vidal de Castilho Barreto e Noronha, neto paterno do visconde de Castilho, António Feliciano de Castilho, o ilustre escritor, e Dona Ana Carlota Vidal.
Jorge teve uma educação cuidada , estudou engenharia na universidade de Lovaina ,Bélgica.Entrou para o Exército no ano de 1902, como oficial da arma de infantaria.Instaurada a República em 1910, pediu licença ilimitada,porque assumiu a fidelidade a monarquia.Emigrou para Brasil onde se dedicou ao ensino.
Deflagrada a primeira guerra mundial, regressa a Portugal, solicita reingresso nas fileiras,prestou serviço em Moçambique e expedicionário em França, de onde retorna em 1919.Resolve por iniciativa própria aprofundar conhecimentos de navegação aérea.Aperfeicou o sextante inventado por Gago Coutinho,permitindo com a introdução de uma lâmpada, a utilização nocturna do aparelho.
Participou em Março de 1927, no primeiro voo nocturno sobre o atlântico Sul , ligando a Guiné a ilha de Fernando Noronha. A odisseia foi levada a bom termo a bordo do aeroplano "ARGOS",cuja tripulação era formada por Sarmento de Beires,Manuel Gouveia e Jorge Castilho.A responsabilidade da navegação aérea foi totalmente de J. Castilho.
Condecorado com a ordem da Torre Espada, já na situação de reserva, com o posto de coronel,partiu em 1940 para Timor , afim de realizar levantamentos geográficos importantes.
Feito prisioneiro pelos invasores japoneses, sofreu maus tratos, obrigaram a evacuação para Austrália onde viria a falecer em Fevereiro de 1943.
A placa toponimica dá o seu nome a rua do "bairro", singular pois contem,resenha biográfica Um grande português Jorge Castilho