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Tudo de novo a Ocidente

A ORIGEM DO NOME QUELUZ - UM NOVO SIGNIFICADO

Queluz...

...é uma cidade do concelho de Sintra, que engloba as freguesias de Queluz, Massamá e Monte Abraão, foi elevada  à categoria de cidade nos anos noventa do século XX.

No preambulo do documento que lhe dá aquela distinção, são feitas algumas referências às possíveis origens do nome de Queluz; e afirma-se o que é conhecido, Queluz, segundo David Lopes e José Pedro Machado resulta da junção dos vocabulos arabes câ-vale, e Llûa-amendoeira, daí Queluz seria " O Vale das Amendoeiras".

É também referida a possibilidade de que Queluz derivaria, de montanha da luz -hoje Monte Abraão, hipotético lugar de adoração ao sol.

São conjecturas com um cunho erudito, fantasiosas demais, para serem facilmente aceites, deste modo, tem se gerado controversia sobre isso.

A toponimia,e a microtoponimia, exigem um estudo apurado de cada local, para se evitarem generalizações, e afirmações lendárias, porque a resposta está no terreno, e cada sitio é um caso...  

"Vale da Amendoeira" é um nome, bonito sem dúvida, mas, se fosse verosímel esta hipotese, deveria existir, amendoal, almendroal, amêndoa... próximo do vale, e não se verificando, é dificil de entender.

 

 

As outras possibilidades, de luz e relação com o culto solar, são demasiado abrangentes, porque existem, muitos locais onde isso se verificava, e o toponimo do sítio, não está relacionado. É dificil de provar, pode ser que tenha sido, mas é outra lenda.

É possível que, a origem do nome, seja mais prosaica, e entendível, se for tido em conta, o meio envolvente, onde Queluz se situava.

Queluz, foi sempre um local, de grande beleza, e ameno clima. Exercendo algum fascinio, sobre os nobres da Corte, que nela foram edificando as suas quintas ao longo dos séculos.

Na Quinta confiscada ao Marquês de Castelo Rodrigo, foi construído o Palácio Real de Queluz, onde D. Maria e sobretudo D. João VI, gostavam de permanecer. D. João, Regente do Reino, adorava Queluz, e tinha decidido elevar a aldeia a vila, com o nome de "Vila Nova do Principe da Beira", o que não se concretizou, por causa das invasões francesas, e consequente retirada da Familia Real para o Brasil.

No Palácio de Queluz nasceu D. Pedro que foi Imperador do Brasil e Rei de Portugal, curiosamente morreu no quarto onde nasceu...

Queluz ficava como hoje, no caminho de Lisboa para Sintra, cujo trajecto era das Portas de Benfica, Amadora, Queluz, Agualva, Rio de Mouro e Ramalhão.

Antes de se alcançar Queluz, durante séculos, ficava um local insalubre e miseravel, "Porcalhota", que era uma espécie de "burrieira" isto é local de paragem dos burros, que transportavam cargas para a capital. Porcalhota era de facto uma terra, objecto de todas as "chacotas", de aspecto sujo e paupérrimo.

Como contrapartida a isto, passada a Porcalhota, deparava-se ao caminhante um sítio limpo e arejado, cheio de cor, atravessado por uma ribeira de águas cristalinas (o jamor), bordejada de hortas e azenhas e, as encostas das margens cobertas de sobreiros e carvalhos de que resta a pequena amostra da "matinha ", casas e quintas  solarengas, enfim um local onde tudo luzía, daí dizer-se que era ali  "que luz", isto é, se distinguia, que fazia muita vista, vistoso, de grande importância,  por contraponto à "Porcalhota", nasceu o sítio que luzía...QUELUZ.

Esta deve ser a origem deste topónimo único na nossa Toponimia. E passados séculos se transformou na progressiva urbe de Queluz. 

 

AS ÁRVORES MORREM DE PÉ E A CULPA MORRE SOLTEIRA...

Começaram a chegar à RINCHOA as primeiras andorinhas deste ano, se estiver certo o presságio a Primavera chegou. É um motivo de jubilo a volta destas pequenas "mensageiras" que anunciam o inicio dum ciclo que anualmente se repete.

É um momento de alegria e reflexão sobre a magia e desígnios da Natureza...
Isto vem a propósito dum outro facto que ocorreu aqui, e, que infelizmente não se trata dum recomeço mas dum fim que não deveria ter acontecido.
A história é curta e merece ser contada...
Na Praceta do Rouxinol, junto à Rua do Casal da Serra, existiam dois pinheiros mansos de grande porte, um dos quais tinha crescido com uma acentuada inclinação o que tornava ainda mais relevante o seu robusto tronco. Estes pinheiros eram poiso de rolas e outros pássaros, e sob as suas copas as crianças recolhiam os pinhões que as  árvores largavam e na queda das pinhas cobriam o chão.
Um dia alguém, para mostrar obra, resolveu remodelar o espaço envolvente e  desse "projecto" resultou terem sido colocadas lajetas de betão para cobrir o chão de terra que existia. Resultado…  
Os pinheiros privados de água nas raízes, porque as lajetas IMPERMEABILIZARAM o solo SECARAM...  

    


O que tinha o tronco inclinado já foi cortado restando um "coto" com um diâmetro de 85 cm. O outro está ainda de pé mirrado e seco à mingua de água. É uma árvore com um perímetro à altura do peito de 2,35 metros e uma altura de cerca de 7 metros.


Com estas dimensões eram exemplares com mais de 100 anos. Ironicamente no local os autores deste "genocídio" florestal colocaram uma placa pedindo respeito para o jardim. Mas os belos e antigos pinheiros porque não os respeitaram?


A incúria é a fonte de todos os males. As andorinhas voltaram mas os pinheiros elementos do quotidiano dos habitantes da Rinchoa e que tinham sido poupados pela urbanização já não voltam a largar pinhas nem a proporcionar sombra no Estio.
Foi um acto lamentável, o que podemos fazer é deixar aqui para memória futura nota deste facto.
AS ÁRVORES MORREM DE PÉ mas a incúria de quem as liquidou continuará activa, quem sabe para dar próximas provas.
Um episódio triste que os NOSSOS AMIGOS PINHEIROS E A RINCHOA  NÃO MERECIAM...
 

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