A Igreja matriz do Machico na Ilha da Madeira tem um gracioso adro rodeado de PlátanosCentenários. E curiosamente no centro está colocada uma estátua de Tristão Vaz Teixeira, um dos descobridores da Ilha da autoria do escultor Anjos Teixeira executada em 1971.Como se sabe na Vila de Sintra existe um Museu, que guarda trabalhos daquele escultor.
O Machico foi o local onde primeiro aportaram os navegantes do Infante D. Henrique quando pisaram solo madeirense.Em pleno Atlântico deparamos com semelhanças reportáveis a Sintra. O mais curioso é também como na nossa romântica Vila, encontramos robustos e gigantescos PLÁTANOS,como a lembrar que para além doutras coisas que nos unem os povoadores quiseram plantar árvores que recordassem a Terra onde tinham partido.
À sombra dos plátanos do Machico, nos dias que a névoa cobre o vale, sentimos o sortilégio das terras onde tudo começa e o sonho segundo o Poeta, de facto, "comanda a vida".
No Parque da Liberdade em Sintra ou em MACHICO as árvores, como diria VIEIRA, "são o sal da terra", por isso "temperam" a nossa vida de Beleza e Força.
Há 80 anos o então Capitão Piloto Aviador Francisco Higino Craveiro Lopes terminava o seu mandato de três anos como Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Sintra cargo para que tinha sido nomeado pelo governo saído do movimento revolucionário de 28 de Maio de 1926.
A última reunião a que presidiu realizou-se na quinta feira dia 18 de Julho de 1929 a acta da sessão contém uma sua intervenção do teor seguinte:
Eleito Presidente da República em 1951, Craveiro Lopes, foi o primeiro Português, que tendo presidido a uma Câmara Municipal chegou à mais alta hierarquia do Estado.
Quando cessou as funções na Câmara Municipal de Sintra, Craveiro Lopes, foi para Goa como ajudante de campo de seu pai, ao tempo, Governador do Estado da Índia.
Neste, como noutros aspectos precursores de mudanças a nível nacional, Sintra esteve sempre na primeira linha.
Em pleno centro da Rinchoa, um "bairro" de Sintra soalheiro e com uma vista deslumbrante para a Serra, encontra-se um EUCALIPTO, uma frondosa árvore com cerca de 20 metros de altura. Cresce numa propriedade cujo nome é: CAZAL DO ROUXINOL, conforme um azulejo colocado no muro onde se pode ver a data 1940. Não será errado atribuir o plantio do eucalipto por essa altura. Tem já uma provecta idade...
Estando no interior do casal e protegido pelos muros que a envolvem não sucederá a este eucalipto, o mesmo que vem num texto do livro de leituras do antigo ensino primário (hoje ensino básico) onde se lê:
"Era meia noite, quando um velho eucalipto plantado à beira de uma estrada foi desassossegado no seu sono tranquilo por uma machadada no tronco, vibrada com alma por um camponês" (1958).
O eucalipto apesar de originário da Austrália tem uma grande difusão em Portugal desde o século XIX,quando começou a ser plantado.
O "cazal do rouxinol", confronta com a Rua da Capela assim denominada por ser onde ficava a capela da Rinchoa entretanto desaparecida.O nome do "cazal" presta tributo a uma ave frequente na região: o rouxinol, esta ave tem um canto melodioso que convida à vígilia noturna e faz esquecer o perigo que pode representar o dia. Na Rinchoa existem vários locais que referem directamente o seu nome como a "FONTE DO ROUXINOL".
Há uma quadra popular que lembra o carácter vigilante do pássaro:
Nossa senhora disse disse disse
Enquanto o "gavião" da videira subisse
Que não dormisse que não dormisse
E esta cantilena, tenta reproduzir o cantar do pássaro...