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Tudo de novo a Ocidente

SINTRA TERRA DE MÁRMORE E DE ESCULTORES

A Ocidente o terriório de Portugal entre outras riquezas, é formado por massas rochosas, das quais sobressai o mármore. Esta rocha ornamental, abundava na zona de Montelavar, onde durante séculos, foram extraídas e trabalhadas muitas toneladas que decoram edifícios como: o Convento de Mafra, as casas do Parlamento Nacional, a Câmara Municipal de Lisboa, pois "os mármores das pedreiras de Montelavar no concelho de (S)Cintra, eram lindíssimos".

Uma actividade,base de importante fonte de rendimento, e origem duma toponímia peculiar. Assim, Montelavar quer dizer local onde existe uma LAVARIA ou LAVRA, para extracção de um mineral ou inerte, neste caso pedra. No concelho de Oeiras ocorre um topónimo "LAVEIRAS", perto de Caxias ,onde existiu uma grande pedreira. É interessante notar junto dos dois sítios o topónimo MURGANHAL,que segundo alguns ,significaria local de murganhos ou ratos do campo, deste modo, murganhal seria sinónimo de "rataria".

Além de ser possível acabar com os roedores, e desse modo,também com o nome, o nosso estudo conduziu a uma interpretação do topónimo mais plausível. Murganho é a designação que se dava aos restos inaproveitados da debulha nas eiras, quer dizer que tudo o que sobra é murganho, e como é sabido no trabalho de aproveitamento da pedra, ficam muitos pedaços que não servem para nada,por isso colocados como entulho nas imediações das instalações onde é trabalhada. MURGANHAL, quer dizer local onde se depositam os restos, e não esquecer que em castelhano "um rato" é um pedaço. Montelavar e Laveiras, sendo terras de pedreiras, deviam  ter o seu Murganhal, como de facto têm.Sobre este significado já aqui escrevemos,este apontamento é uma achega mais.

Quem diria que o mármore sintrense, nos levasse aqui. Nada melhor para ilustrar este texto, que recordarmos o ilustre e genial escultor Francisco dos Santos sintrense que trabalhava o marmore com mestria, o seu cinzel transformava um tosco calhau em objecto de encantadora beleza.

Se permitem por hoje já partimos muita rocha, e na ausência de murganhal, onde colocar o murganho da nossa cantaria, temos de ficar por aqui. 

A RIBEIRA DAS JARDAS NO INTERIOR DA QUINTA GRANDE

O curso da Ribeira das Jardas na Rinchoa, foi recentemente objecto duma acção de limpeza dos taludes das margens, e poda da ramaria das árvores que cobriam a corrente. Estes trabalhos permitiram que no troço compreendido entre a ponte da Rua das Nogueiras e a "velhinha ponte de Fitares" possa ser facilmente, observada: uma obra hidráulica existente no terreno da Quinta Grande. Trata-se de um açude, donde partia uma levada que conduzia a água destinada à irrigação das terras da margem esquerda da ribeira até ao Caminho de Fitares, junto ao complexo desportivo do mesmo nome. Nesta secção do seu percurso a Ribeira tem um aspecto bucólico, de grande beleza. É simples abrir um passeio ao longo da margem para que os moradores da zona fruam este recanto encantador inserido em plena área urbana. Porque não se faz? Se a sugestão tiver acolhimento, os que percorrerem o terreno que ladeia a ribeira poderão dizer que pisaram a terra que o Condestável do reino D.Nuno Alvares Pereira, também calcorreou no século XIV, quando a Quinta Grande era uma sua propriedade. Quem sabe se não teria descansado aqui depois da memorável vitória de Aljubarrota, feito ímpar da nossa História que garantiu a independência de Portugal sob a egide do Mestre de Avis D.João I um Rei, admirador da nossa Sintra,e por certo visitante desta quinta e da sua Ribeira.   

 

MUNICÍPIOS A MAIS OU A MENOS ?

A administração local,considerada como um conjunto de entidades cuja função principal é exercer o poder político numa determinada circunscrição administrativa,tem sido descrita em Portugal,desde tempos recuados,numa perspectiva que,porventura ,alimentou no imaginário nacional a ideia de que sendo uma emanação dos usos e direitos consignados nos forais representava a forma de governo mais adequada à resolução dos problemas das populações e ao fomento do desenvovimento das comunidades ,Fernandes(2010,p.17)

Na prática o povo era tido em pouca monta quando se tratava de tomar decisões,algumas das quais ,por certo, nem sonhava.Agora que devido ao programa de resgate da dívida pública, se irá discutir a questão de extinguir, ou não, Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais deixamos,como curiosidade,um exemplo que se passou em 1840.Naquele ano foi apresentado no Parlamento o seguinte:

Requerimento das Câmaras Municipais dos concelhos de CASCAIS e OEIRAS,que pedem a extinção destes concelhos e a sua anexação ao de Lisboa; e dos habitantes da Freguesia de Almargem do Bispo que pretendem ser desanexados do concelho de Sintra,e unidos ao de Lisboa.

O povo teria conhecimento desta iniciativa,que não resultou?.No entanto demonstra, que a elite dirigente considerava que as autarquias referidas não tinham viabilidade como poder autónomo e sim  vantagem em juntar-se ao Município da Capital do Reino.Curioso , para meditar nos tempos que aí virão...

 

 

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