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Tudo de novo a Ocidente

ACIDENTE NA ESTRADA DE LISBOA PARA SINTRA EM 1961

As alterações sociais económicas e políticas, que ocorreram em Portugal nos últimos 50 anos são de tal monta que actualmente os que viveram esses tempos têm dificuldade em explicar alguns aspectos do quotidiano da época. Não só, no interior do País se podia constatar a ruralidade da vida, mas também, na área circundante de Lisboa isso se verificava o teor duma  notícia publicada na imprensa da época é  exemplo elucidativo:

"Na recta do Papel no lado do Cacém, na estrada que vai para Sintra, um automóvel colidiu violentamente com a traseira dum carro de bois. Os animais espantaram-se e foram embater noutro automóvel. Balanço estragos materiais, um dos bois abatido e dois feridos hospitalizados".

A recta do Papel corresponde na actualidade ao troço do IC19 entre o posto de abastecimento de combustíveis do Cacém e a curva antes da saida para Tercena e Massamá. Quem hoje circula nem "sonha" que seria possível o envolvimento dum carro de bois num acidente rodoviário no local, há menos de cinquenta anos. É curioso, dá que pensar, com velocidade que a maioria dos veículos atinge, se surgisse um carro de bois, por certo os bovinos morriam ambos. 

 

HISTÓRIAS DO PALÁCIO DA VILA DE SINTRA

A imagem cenográfica do Palácio de Sintra, ex-líbris do nosso concelho, fotografada centenas de vezes por dia ao longo de todo o ano, está difundida por todo o mundo, porventura muitos dos que se encantam com a silhueta das gigantescas chaminés, não fazem ideia das histórias tristes ocorridas naquel Palácio Real ao longo dos séculos.

De todas elas destaca-se, em nossa opinião, a relacionada com D. AfonsoVI que a maioria do Portugueses, já ouviu falar. Em resumo os factos foram os seguintes:

D. Afonso casou em 1666, com a princesa Dona Maria Francisca Isabel de Sabóia, em 2 de Novembro de 1667, aquela senhora entrou no convento da Esperança em Lisboa, donde pediu a nulidade do casamento, afirmando que o mesmo não se consumara por inabilidade fisica do Rei. O casamento foi anulado depois dum escabroso processo, findo o qual a princesa de Sabóia casou com o cunhado, o Infante D. Pedro.

D. Afonso VI, foi recluso durante seis anos no Castelo de Angra nos Açores, e depois no Paço de Sintra, dez anos, vindo a falecer em 12 de Setembro de 1683, quando ouvia missa na capela do Paço. A desgraça do desditoso Rei entrou no imaginário popular, de tal modo que no século XIX, circulava um poema de autor anónimo, relacionado com este episódio, cujo teor é o seguinte:

 

Eu fui livre,fui rei e fui marido

Sem reino,sem mulher,sem liberdade,

Tanto importa não ser,como haver sido:

  

A Portugal só deixo esta verdade,

 

A meu irmão só deixo este memento

Este é de Afonso VI o testamento

 

Ironicamente, D.Afonso VI passou para posteridade com o cognome de VITORIOSO, o que não deixa de ser uma partida do destino, tendo nascido em 21 de Agosto de 1643, viveu 40 anos, dezasseis dos quais prisioneiro sem culpa formada, deixando no lagedo de um dos monumentos mais visitados de Portugal a marca do seus passos, como lembrança da clausura a que o condenaram, por interesse do Estado, e do seu irmão.

 

                                                           

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