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Tudo de novo a Ocidente

CRIAÇÂO ARTÍSTICA DE GRAÇA MORAIS FINALMENTE ESTIMADA

Acerca do mural de azulejo obra da Pintora Graça Morais, colocado junto à estação ferroviária de Rio de Mouro Rinchoa, escrevemos neste espaço, diversos apontamentos sobre o que consideravamos falta de atenção e cuidado dispensados. Em determinado momento, conseguimos que fosse reparado um acto de vandalismo praticado contra o mesmo.

No entanto, outras situações que careciam de alteração para ser admirada em toda a sua plenitude, só agora foram rectificadas. As colunas de iluminação que não permitiam a visão plena do painel. Desde 2007, tínhamos solicitado a sua retirada para o outro lado da via: finalmente foi realizado esse trabalho.

Faltam alguns pormenores como a limpeza do mural com água desmineralizada, a remoção da sinalética de transito e um aviso a proibir afixar publicidade sobre os azulejos como alguns fazem.

Não será um custo incomportável, apesar das condições de "austeridade" que nos amarguram a existência: Autora relativamente ao seu processo criativo disse  "pretendi com a figuração despertar a imaginação e proporcionar um certo bem estar a quem vive ali o seu dia a dia.Pensei nos alunos da escola que fica próxima do local dessa intervenção" (Escola Secundária Leal da Câmara). É necessária iluminação condigna para que mesmo de noite a obra possa ser admirada e  beleza das imagens transmita  a mesma clara e radiosa sensação do belo que á luz do sol "proporciona".

Oxalá os jovens estudantes das escolas próximas se tornem guardiães e admiradores duma obra de arte,pensada por Graça Morais, para toda a comunidade mas muito especialmente para eles.

Com a ajuda de quem ama a nossa terra, iremos continuar a pugnar pela dignificação de algo que muito valoriza Rio de Mouro e o concelho de Sintra do qual já é mais um "ex-libris".(comparar a imagem abaixo, com as que publicamos em identica data de 2010)

 

LEAL DA CÂMARA UM FANTASISTA REALIZADOR DE SONHOS:A ESCOLA DA RINCHOA

Leal da Câmara foi um Português de invulgar talento, faceta que tem sido realçada por diversos  que o têm estudado. No entanto,à medida que vamos conhecendo o "sonho" que idealizou para materializar na Urbanização da Rinchoa, não temos dúvidas, Leal era um homem que possuía o dom da genialidade.

Acúrsio Pereira escreveu, em sua memória um belissimo trecho onde desvenda um pouco do mistério da personalidade de Leal da Câmara, nos termos seguintes:

"Feliz este Mundo! Os cavaleiros do Graal de alma angélica e corpo virgem continurão a passar serenos e bravos alegremente sofredores desinteressados e justos, embora deixem avermelhado com o próprio sangue as rosas brancas dos atalhos campestres".

O seu amigo sabia porque escreveu, tendo convivido com Leal durante muitos anos assistiu à concretização de uma das suas obras símbolo do ideal que sempre norteou o seu modo de viver. A escola primária que projectou para a Rinchoa, para além da sua função de difundir a instrução foi imaginada como um templo erigido à Glória de Deus e ao amor pela humanidade, este de acordo com o seu ideal republicano: "era o único digno da condição humana", como postulara Sampaio Bruno.

Na escola da Rinchoa, a entrada principal é franqueada transpondo duas colunas, e como é possível aceder ao interior por três lados da porta as colunas totalizam quatro: número das letras do nome de DEUS. Na frontaria foram rasgadas quatro janelas.

Num lado da porta principal num esboço em gesso dentro dum circulo, está a face de Feliciano de Castilho, o pedagogo cego e autor do belissimo poema a ROSA. No outro lado, com o mesmo pormenor construtivo está João de Deus,  autor da Cartilha Maternal. Encimando o conjunto a imagem de Nossa Senhora das Mercês.

Estamos perante uma possível alusão ao grau 18º do Rito Escocês Antigo e Aceito da maçonaria universal denominado: Soberano Príncipe Rosa-Cruz. Neste grau segundo os rituais conhecidos as colunas designam-se: FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE.

Castilho por ser cego representa a FÉ, para acreditar tendo fé não é preciso ver, João de Deus e a sua cartilha dedicada as crianças simboliza a ESPERANÇA num provir melhor. Nossa Senhora das Mercês porque mercê é dádiva representa a CARIDADE.

Esta obra de Leal, prova o seu deísmo e a crença no carácter divino do ideário da verdadeira República onde a ética e a liberdade conduziriam o Povo à plenitude da democracia.

Leal da Câmara acreditou sempre que a Pátria é uma comunidade de sonhos, aproveitemos o seu exemplo e não deixemos que nos retirem esta convicção. Para além de todos os golpes dos mais ousados e sem escrúpulos: "os desinteressados e os justos" irão alcançar a República sonhada desde os tempos de PLATÃO!? Quem sabe?"as lições do passado são os ensinamentos do presente. No entanto não esqueçamos a imagem de Manuel Bernardes: "é quimérico pretender endireitar a sombra da vara torta".

 

TOPONIMIA SINTRENSE - CAMARÕES

Camarões é uma localidade da Freguesia de Almargem do Bispo, concelho de Sintra, que fica situada na zona divisória com o concelho vizinho de Loures. A origem do topónimo tem sido objecto de variadas interpretações: uma das quais, sendo algo caricata e com seu que de humorístico, não resistimos a contar. Pretendiam alguns, que os habitantes por terem estatura acima da média,deviam de dispor de camas de  dimensões mais dilatadas,onde coubessem para dormir: CAMARÕES.

Infelizmente a realidade é outra, no seguimento do que escrevemos sobre Aruíl, também nas redondezas da povoação as terras são ricas em ferro. Através da alimentação, nomeadamente pela ingestão de vegetais de folhas verde escuras,couves,agriões e carne,esse excesso de ferro provocava o aparecimento duma doença, a HEMOCROMATOSE, cujos sintomas são entre outros, problemas hepáticos e pele bronzeada, como se se tivesse tido uma longa exposição ao sol. Aquilo que se ouve dizer "parece uma lagosta" quando vamos á praia. Esta doença provocava grande morbilidade, as pessoas raramente passavam da meia idade. Era uma povoação de muita enfermidade, daí grande devoção,á Nossa Senhora dos Enfermos,apesar da capela estar em propriedade privada. Assim CAMARÕES, deriva do facto dos seus habitantes,em tempos, apresentarem uma tez cor de camarão, não pelo consumo desregrado de bebidas alcoólicas, mas sim pelas maleitas que os produtos da terra lhes transmitiam, por esse facto,seriam alcunhados com aquele epíteto. ARUIL, CAMARÕES e outros micro topónimos similares têm porventura origem semelhante.

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