Decorre até ao próximo dia 14 de Abril, uma exposição de Graça Morais, designada "Graça Morais os Desastres da Guerra", patente na Fundação Arpad Szenes-Vieira da SIlva, sita na Praça das Amoreiras, vulgo jardim das Amoreiras perto do Largo do Rato em Lisboa,á qual, sinceramente, recomendamos uma visita.
No catálogo de apresentação João Pinharanda escreveu:
"As duas séries que agora se apresentam,(...) surgem claramente como sobressalto cívico. Graça Morais reage, já não apenas a um presente que perde o seu passado mas a um presente que perde o seu futuro".
Temos aqui na Rinchoa Sintra o privilégio de existir em exposição permanente uma obra magnífica desta notável mulher cidadã e artista, o seu painel, na Estrada Marquês de Pombal, cuja envolvente, apesar de ter sido melhorada em parte, continua a carecer de ser dotada de iluminação apropriada, e de alguns bancos que deveriam ser colocados em frente da obra do outro lado da via, permitindo desfrutar calmamente a beleza da pintura. No terreno por detrás do painel um arranjo vegetal apropriado. Daqui lançamos apelos à Fundação EDP, quanto á iluminação, e ao Senhor Presidente da Câmara de Sintra quanto ao resto. Servindo-nos das palavras de J. Pinharanda, este painel,pintado de 2001 a 2003, representaria "A transformação da realidade do Portugal rural que mudava e perdia o seu tempo e lugar no Mundo". Apreciar a obra de Graça Morais e de todos outros artistas que clamam pelo nosso empenhamento cívico é um dever de cidadania.
Tendo aparecido em algumas Nações e ultimamente mais próximo de nós, na Grécia, França, Itália e Espanha uma "enfermidade nova", que está a ser conhecida com o nome de "Colera-morbo austerícia", cujos terríveis estragos são, talvez um castigo com que os deuses querem punir e reprimir esse espírito de perversidade, que desgraçadamente tem chegado a tamanho grau, como demonstra o despudor de o Povo querer que se lixe a austeridade. Deve em tais circunstâncias, um povo crente e bom, que tanto se preza de o ser como o povo português, acudir e reunir-se a protestar a sua fé, não esquecendo que já fomos campeões de "presos e altares" no tempo "glorioso" do Dinossauro Excelentíssimo; e implorar a clemência do Governo, mesmo quando ele se mostra severo e "gasparino" justiceiro.
É necessário que hajam preces públicas em todo o País, o "aguenta aguenta que é serviço" não basta, são precisas boas obras, para impedir que os "maus" de que são exemplo alguns movimentos do tipo "estamos estroiquidos e mal pagos", ultimamente com cantos "subversivos" pretendem causar a ruína total do trabalho formidável, daqueles que orientando diligentemente, a sua "vidinha", o tesouro e a governança de Portugal sem olhar aos meios para atingir o fim: dar a cada português, de acordo com as suas possibilidades e necessidades um exemplar do tradicional artesanato das Caldas da Rainha.
Conforme o slogan "a cada qual um pau à medida do" buraco" em que está metido"
Feito em Vale Porcas, termo da Vila de Sintra, em Fevereiro no ano da graça de 2013.
@Imagem propriedade Galeria de CCDR - Centro / Região Centro de Portugal, disponível no Flickr, com direitos de autor reservados. Apenas utilizada para ilustrar o texto do autor.
O sopro devastador da ventania que derruba árvores, arrancando-as do solo ou partindo-as, com a facilidade de quem dobra um junco, parece em certos casos com carinhoso desvelo, poupar as mais humildes plantas, ao contrário do que faz "com carvalhos austeros e cedros religiosos". (Eça de Queiroz).
Os prejuízos causados pelo último grande temporal, derrubando milhares de árvores, em parques e jardins de todo o concelho de Sintra, orçam em milhões de euros.
No entanto, por desígnio misterioso, o sopro iracundo do vento, deixou incólume um pequeno pinheiro nascido no telhado duma casa desabitada, situada em pleno bairro de S. Pedro da Vila de Sintra, fronteiro a um conhecido restaurante à primeira vista, poucos se atreveriam admitir que resistisse, sem tombar a exemplo do que sucedeu com inúmeras árvores nas redondezas.
O vento nem sempre tudo leva, o pinheiro lá continua. Neste caso dos fracos reza a história!
Uma rara "associação" entre dois tipos de árvores de tipo muito diferente, pode constatar-se na alameda dos cedros que ladeiavam a antiga entrada da quinta de Fitares, na Rinchoa que tinhamos tratado em anterior "post":
O facto conta-se, de modo simples. Há muito tempo, num dos grossos troncos de um dos cedros, germinou uma palmeira, que já apresenta um aspecto vegetativo razoável. Com os temporais que ultimamente assolaram Portugal, causando grandes estragos no concelho de Sintra, onde a ventania derrubou centenas de árvores, muitas delas de grande porte e provecta idade. No local de que estamos a reportar-nos, as ramadas dum cedro, foram partidas e tiveram de ser cortadas. Destes trabalhos resultou que sem a copa um cedro ostenta agora sobre o seu imponente tronco a palmeira, o conjunto é uma raridade, prova que na natureza tudo parece possível. A foto dá disso uma ideia. Quem passa não repara quem sabe, depois desta notícia, talvez se torne curiosidade.
Vem a propósito o poema Toada de Portalegre, de José Régio. "A cada raminho novo que a tenra palmeira deitar, será uma alegria".