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Tudo de novo a Ocidente

Toponímia Sintrense: A-dos-Ralhados

Na freguesia de Algueirão Mem-Martins, concelho de Sintra próximo da povoação de Sacotes deparamos com um sítio denominado: A dos Ralhados, um nome invulgar de significado obscuro e sem explicação conhecida. Decidimos investigar a sua provável origem: obtivemos informações curiosas  reveladoras do valor da microtoponímia para conhecer um território, as vicissitudes da sua ocupação e ler a paisagem esta quando desvelada  transforma-se em "livro" precioso.

Há algum tempo escolhemos para objecto de pesquisa Sacotes, povoado antiquíssimo lugar de segredo e mistério em breve daremos conta. Percorrendo a típica e singular aldeia albergando casas de alguma rusticidade, encontrámos a "Rua dos Arrolhados" curiosamente apontada ao caminho de terra batida um dos acessos ao sítio referido no título. Analisando o sentido, pareceu-nos ser uma expressão cheia de significado, um sinal que abriu pistas que possibilitaram resolver o "enigma"toponímico.

O nome deveria ser "A dos Rolhados", não ralhados esta palavra é uma adulteração do nome primitivo."Arrolhados" seria a designação correcta. Arrolhar significa sucintamente: tapar colocar uma rolha, conter, vedar uma vasilha. Arrolhar reportado à lida com  animais nomeadamente gado cavalar, quer dizer "dispor em círculo, apartar, cercar com vedação, vedar". No casal dos Arrolhados viviam os arrolhadores indivíduos cuja tarefa o "arrolhamento" consistia em controlar os cavalos no pasto e condução em manada para "cercados" onde os animais seriam contados e escolhidos para diversas utilizações. Perto encontramos nomes relacionados com equídeos: cavaleira, casal da cavaleira, moinho da cavaleira, casal dos cavaleiros a extensão das terras situadas de Sacotes até aos arrabaldes de Sintra, nos tempos recuados foram aproveitadas para criação de cavalos devido a abundância de água e pastagem: as "cavaleiras". Os nossos antepassados habitantes de A-dos-Arrolhados, exerciam uma actividade similar aos "cow-boys" celebrizados nos filmes de Hollywood. 

 

 

Festa de Nossa Senhora das Candeias

No dia 2 de fevereiro,celebra-se uma das significativas festas do calendário litúrgico,a  festa da Purificação da Virgem Maria conhecida como festa da Candelária ou das Candeias.A efeméride recorda a apresentação no templo do Menino Jesus,levado pela Virgem Maria e São José,cerimónia  realizada quarenta dias após o nascimento do Menino;simbólicamente quarenta é o numero da espera e da preparação.Na Bíblia essa particularidade em diversos capítulos é citada:quarenta anos reinou David,o dílúvio durou quarenta dias, Moisés quando fez quarenta anos foi chamado por Deus.Jesus pregou ao longo de quarenta meses, apareceu aos seus díscipulos quarenta dias  antes de ascender ao céu.Quarentena o tempo que aguardava quem fosse suspeito de doença infecciosa,antes de poder entrar num determinado local.

Rosseau considerava conveniente para assumir o governo dum estado,ter quarenta anos;curiosamente a idade do Professor Oliveira Salazar ao ser empossado presidente do conselho ,em conformidade com a constituição política de 1933.

Candeia é sinónimo de vela círio tocha,pequeno aparelho de iluminação.Em tempos os participantes na festa de Nossa Senhora das Candeias,transportavam círios ou candeias.

Sem dúvida ocasião para glorificar a apresentação de Jesus no templo, figura sagrada,portador duma auréola de Luz luminosa, brilhante e pura.

Na região ocidental de Portugal a devoção mariana é muito praticada, a tradição dos círios,manifesta-se no culto a Nossa Senhora da Nazaré,Nossa Senhora do Cabo Espichel,e Nossa Senhora da Peninha.Existem no concelho de Sintra oragos como Nossa Senhora da Luz,em Cortegaça,união das freguesias de Almargem do Bispo Montelavar e Pero Pinheiro,ou Nossa Senhora da Purificação,de Montelavar, relacionados com as "candeias".

Este ano coincide com um domingo a festa será, porventura, celebrada com mais pompa.Dia da padroeira da vila de Mourão na provincia portuguesa do Alto Alentejo ,junto á barragem do Alqueva

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