No longínquo dia 22 de Outubro de 1878, veio ao mundo no lugar de Paiões , freguesia de Rio de Mouro , concelho de Sintra , um menino a quem foi dado o nome de baptismo Francisco.Após vida de intenso trabalho, guindou-se a galeria dos grandes da Pátria, orgulho da terra onde nasceu.
Comemorando efeméride a Junta de Freguesia de Rio de Mouro, representada pelo seu Presidente e pelo Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia, acompanhados de alguns dos membros do executivo, e outras pessoas nas quais me inclui,depositamos no mausoléu do artista,erigido no cemitério de Benfica, em Lisboa, singela coroa de flores.
Recordar a memória dos filhos honra de uma terra, sejam de nascimento ou adopção é dever de cidadania, a autarquia cumpriu. Francisco dos Santos sintrense ilustre, no 138º aniversário do nascimento, ainda não está esquecido.
O assento de baptismo que deixamos é parte da justíssima homenagem hoje tributada.
Chegado o mês de Outubro era tempo das pessoas da cidade e território envolvente, "mundo saloio", alfuirem a feira que desde 1780, conforme real decreto da Rainha de Portugal, Dona Maria I, se realiza no 3º e 4º Domingos do mês de Outubro.
Esteve quase a desaparecer, no entanto graças ao empenho da Câmara Municipal de Sintra e das Juntas de Freguesia de Algueirão Mem Martins e Rio de Mouro a tradição manteve-se.
A Feira era a mais importante de todo o distrito de Lisboa. A concorrencia de pessoas originou que quando foi construído ramal ferroviário do Cacém para Sintra, a estação das Mercês ficasse preparada para receber comboios especiais e funcionasse como estação terminal. Nos dias de Feira chegavam a partir da estação do Rossio em Lisboa sete comboios, além dos normais, o movimento originava formação de "bichas" dos passageiros ao saírem das composições.
O tradicional "muro do derrete" ou a "sala dos namorados", sempre muito concorrido, ali as moças sentadas, esperavam que os rapazes cheguem a fala e combinassem casamento, esta particularidade chegou até a década 1940.
A feira era local de diversão e "comes e bebes", a deliciosa carne de porco às mercês cortada directamente dos porcos esquartejados no local servia-se em tachos de barro. Durante muito tempo diversas figuras populares, tiveram nomeada:
O homem dos bigodes oriundo do Seixal, actor Carlos Velez teve restaurante e barraca de farturas.O "Pata Larga" dominava o negócio das louças. O "Jaime " do carrossel e muitos outros davam colorido e fama ao certame.
Tal como ainda hoje terminava com missa na ermida e procissão pelo recinto. A feira modernizou o "look", sendo tradição genuina da região saloia, merece uma visita.
O concelho de Sintra, para além da vila sede do concelho, e Queluz, possui vasto património de grande valor, que merece ser conhecido e visitado.
O aqueduto das águas livres conduzia desde o século XVII água para abastecer Lisboa, o caudal do liquido elemento provinha de vários mananciais que brotam no território sintrense. Exemplo das "fontes" da quinta do Molhapão na Tala junto a Meleças, freguesia de Belas. O encanamento desta nascente, observável junto ao bairro de Mira Sintra e Quartel da Serra da Carregueira, poucos reparam porque não tem qualquer placa informativa, encontra-se praticamente abandonado no meio de hortas urbanas "clandestinas" e rodeado em vários locais de mato, silvas, e canaviais.
O troço do monumento na chamada zona da "agua livre", que deu nome ao aqueduto situado entre Olival do Santíssimo, Dona Maria na freguesia de Almargem do Bispo, ao longo da estrada nacional 250 até cruzamento com estrada das aguas livres ou de Carenque, está igualmente desaproveitado. A construção nesta zona tem diversos motivos de interesse, não existe qualquer informação que elucide quem passa e se detenha, admirar a "obra".
Se fosse construido um passadiço de madeira ao longo do aqueduto estaria acessivel para visitas de turistas e residentes, seria novo motivo de atracção de Sintra, para além de Sintra. Poderia ser rota "DA ORIGEM DAS " AGUAS LIVRES" DO AQUEDUTO DE LISBOA".