O que resta da ruralidade antigamente caracterizava o Município de Sintra,predomina ainda hoje, nas cercanias da aldeia de Almargem do Bispo , a beleza campestre dos campos e prados rodeiam a localidade,são espécie de " véu " que oculta um bem guardado " tesouro " do alfoz sintrense: A igreja paroquial da evocação de São Pedro.
Quem circula na estrada junto a porta principal do templo, e se detenha observar a construção simples austera aprentemente pobre do edifício,
não calcula grandiosidade da beleza interior. As paredes totalmente revestidas de azulejos século XVII, com cores e desenhos belíssimos, altares laterais e altar mor igualmente imponentes. Flores naturais por todo lado, lamparinas de prata, bancos e soalho, bem cuidados, enfim, acolhedora casa para meditar e rezar a Deus.
Sem dúvida bela igreja de Portugal, das mais notáveis da comunidade eclesial de Sintra. Também neste caso posso parafrasear o ditado " quem vê por fora,não faz ideia o está dentro ".
Vale a pena conhecer e contribuir para preservar tão rico histórico e singular património, considerado oficialmente de interesse público.
Algumas ocasiões, por falta de conhecimento, há quem afirme o monumento mais visitado de Portugal , e altaneiro, encima a Serra de Sintra, belo e encantador Palácio da Pena, seria propriedade da Família Real, e " usurpado " pelos plebeus republicanos , na sequencia da revolução de 5 Outubro 1910.
Nada mais falso,após falecimento do Rei consorte D. Fernando II, os bens que deixou em Sintra foram adquiridos pelo Governo , para o património da Nação.Desfeito mais uma vez o pretenso equivoco acerca dos legítimos proprietários quando a Monarquia foi extinta,deixo como ilustração, oteor do decreto publicado ao tempo.
Efeméride e facto merecem ser assinalados. Relembrando , Palácio e Castelo dos Mouros, são jóias patrimoniais de todos Portugueses desde 1889, comemorando-se nesta época 130º aniversário dessa posse.
Abriu no primeiro dia deste mês, em Rio de Mouro Sintra, estabelecimento com todas as condições para se transformar numa referencia na gastronomia da terra,
O proprietário é mesmo do celebrado restaurante Arco Íris, a " catedral " dos pregos e bitoques de todo o Pais.Ambos ficam situados na Avenida Infante D. Henrique próximo da estação ferroviária da Vila de Rio de Mouro. esta caracteristica torna fácil acesso , sem necessitar viatura, e nesse caso o estacionamento não é difícil.
O novo restaurante foi projectado e decorado com muito bom gosto ; espaçoso higiénico e confortável.Uma particularidade os empregados simpáticos e atenciosos, coordenados pela filha do proprietário, não precisam manusear dinheiro, os clientes podem utilizar moderníssima máquina de pagamento, raros concorrentes possuem identica e higiénica opção
Sinal inequívoco de progresso e mudança do nosso " bairro". Bom augúrio , desejo de ver " PETISQUEIRA DO RIO " , guindar-se ao nível do " arco íris ".Fiquei cliente, muitos serão por certo a "ementa" apresentada, e os donos pela arrojada iniciativa; merecem.Longa vida para " Petisqueira"
De vez em quanto, no processo de coligir elementos com a pretensão de decifrar algo que desejo verdadeiramente conhecer, perante observação "in loco", e penso ter encontrado a solução, sinto algo difícil de descrever...
Aconteceu situação semelhante, há pouco tempo entre as localidades de Barreira e Funchal, freguesia de São João das Lampas no Município de Sintra, amiúde visitei o recanto para contemplar numerosos menires ali existentes. Aqueles testemunhos da pré-história, porque "jazem " em propriedade privada, têm sido delapidados: dois deles foram usados na década de oitenta do século XX para enroncamento nas obras do molhe do Porto da Ericeira.
Os menires atestam a pratica de cultos, o facto de terem sido "alçados", nesta região deverá estar relacionada com beleza da paisagem, abundancia de água e a orientação geográficas do local.
A Atmosfera peculiar convida a reflexão.
Como em outras ocasiões, procurei na toponímia elementos para compreender a "alma" do lugar.
Começo pela Barreira: entre diversos significados, lugar cercado de estacas onde em tempos antigos se realizavam, torneios, julgamentos e actos importantes para a comunidade ou indivíduos. No Funchal, área onde crescem funchos ; neste caso, funcho-de-água que encontramos junto do regato, alimentado pelas sobras da fonte existente, meio do caminho entre aqueles povoados. A bica actual inaugurada em 1940, substitui a anterior de chafurdo.
Funcho-de-água igualmente conhecido por "quebra-pedra": o chá feito da rama da planta tem propriedades de dissolver cálculos renais, chá de arrebenta pedra do rim.
Em tempo recuado, tratamento desta enfermidade seria feito pelos curandeiros na "Barreira" colocada num "santuário" de menires. A crença aqui, natureza seria santificada, atestada pela construção durante séculos por sucessivas civilizações ocupantes do território de vários templos exemplo da " orada " paleo-cristã de Odrinhas, pouco distante da Barreira e do Funchal.
Não é difícil aceitar este rincão Sintrense, durante muito tempo, para os povos das cercanias foi motivo de peregrinação na busca de cura para males do corpo e do espírito, por essa razão divinizado, particularidade ainda hoje confere a tais sítios: singularidade misteriosa e encantadora.