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Tudo de novo a Ocidente

CAPELA DE SÃO ROMÃO - TERMO DE SINTRA, RUÍNAS CENTENÁRIAS

A capela de São Romão,templo situado no termo da vila de Sintra, no território actualmente integrado na freguesia de Algueirão Mem- Martins área do moinho da Cavaleira. Antes da criação desta Autarquia na década de 1950 do século XX,  lugar de São Romão e a capela do orago, pertenceram a Freguesia de S. Pedro de Sintra.

O ilustre investigador Alves Pereira, em artigo publicado  "  O Archeologo Português ", pagina 215, (1927 ); escreveu " se dirigir ao local apontado , na carta de Lisboa e seus arredores, de 1909,( ...) já não se lhe deparará um edifício religioso, senão uma ruína ao desamparo ".

A ruína desamparada tudo indica já o seria antes da implantação da República em 5 Outubro de 1910.No seguimento daquela alteração política, foram arroldados bens eclesiásticos; acerca de São Romão, apuramos auto do teor seguinte :

" Aos vinte e cinco dias do mês de Junho de 1911, neste lugar de São Romão freguesia de São Pedro concelho de Sintra, em conformidade com o disposto no artigo 67. da lei de 20 Abril ultimo (...) representante da entidade administrativa ordenou se principiasse o competente arrolamento , pela forma seguinte .

Verba nº1- Uma capela em ruínas tendo junto casa para o ermitão, também em ruínas, que tudo confronta com baldios.

Verba nº2- um cerrado e seu logradouro que confronta com baldios, não havendo nesta capela nada mais a arrolar se deu por findo este arrolamento "

O estado decrepitude do templo já se verificava no tempo da Monarquia, sendo por isso infundadas  acusações feitas ao regime Republicano,  atribuindo a revolução de 1910, a responsabilidade naquele facto.

A capela de São Romão edificada numa zona de estremas foi abandonada porque na verdade não se sabia em determinada época a quem pertencia de jure e facto.

São Romão era protector divino contra cães vadios propagadores dos malefícios  da raiva, horror da população; caso para escrever até dá raiva verificar ao que chegou o singelo e muito antigo ermitério do alfoz Sintrense.

lemos no auto do arrolamento a capela confrontava por todos lados com baldios,tempo  mais tarde alguém se arrogou afirmar capela estava dentro de sua propriedade ?!...Nenhum baldio pode ser objecto de apropriação;assim acto coducente a constituição de direito de propriedade parece  não ser possível...Será? 

PEDIR A CAIXA PARA " COMPRAS " É COSTUME ANTIGO

A vereação camarária de Sintra em 1926,  presidência do capitão Craveiro Lopes, futuro Presidente da República,deliberou adquirir o Palácio Valenças, e  parque adjacente com propósito de aproveitar o conjunto para fins turísticos e lazer da população e transformar o conjunto em ex-libris da Vila de Sintra

Como sucedeu em muitas ocasiões em Portugal, a concretização do intento da edilidade só iria consumar-se década depois em 1936, precisamente , no mês de Julho; a Comissão  Iniciativa  eTurismo de Sintra, solicitou empréstimo de 600 contos,ou seja 600.000 escudos, a caixa geral de Depósitos , seria deferido pelo ministério das Finanças , através da Subsecretaria respectiva. Aquela quantia muito elevada para a época, necessitava  aval da Câmara Municipal, e  autorização do Ministério da tutela,  o do Interior, tudo foi igualmente conseguido.

As diligências efectuadas demonstraram dificuldades financeiras do Município Sintrense, as receitas totais anuais  2.000.000 de escudos, as dívidas eram  de monta, só aos hospitais para pagamento de tratamento de doentes pobres do concelho,  débito rondava os 350.000 escudos.

A parte mais significativa das receitas, provinha da taxa municipal sobre comércio de carnes verdes, demonstrativo da importância da " vitela de Sintra ".

Enfim a compra do emblemático património não foi fácil,  num concelho onde tudo faltava, gastava-se parte significativa dos proventos em compra " faustosa". Apesar de não terem dinheiro as autarquias recorriam a Caixa; ontem tal qual hoje quem pagaria  haveriam ser os impostos.Resta acrescentar  prazo para pagamento  30 anos. 

 

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