No centro geográfico do território do Município de Sintra,na localidade da Tala, pertencente a antiga freguesia de Belas,mas perto da Agualva, Algueirão , Rinchoa e Mercês,encontramos aprazível local para degustar uma especialidade : cozido a portuguesa.
Há por esse Portugal muitos sítios " famosos" porque lá também é possível apreciar aquela prato tradicional da nossa culinária.Conheço alguns, posso afirmar sem receio de desmentido, os que associam a receita a um "canal " , esqueçam , na Tala , é mais do que isso é um ..." rio ".
Servido em doses " pantagruélicas " , carnes e enchidos numa travessa , vegetais arroz feijão, em outra, o pitéu atinge perfeição " estrelar ".
Agora mais acessível pela A16, ali afluem apreciadores de todo País, aos fins de semana as três centenas de lugares enchem mais de uma vez.
Quem duvidar deve provar. Na Tala , Município de Sintra é servido o melhor cozido a portuguesa de todo Portugal e sua diáspora.Pela minha " riquinha " saúde !
A antiga e aristocrática localidade de Paiões, integrando a freguesia de Rio de Mouro é uma terra de gente bairrista e muito ciosa da sua identidade.
Durante vigência o regime Salazarista, além de totalitário entre outras particularidades, procurava fomentar acontecimentos festivos com objectivo de "criar" tradições onde elas nunca existiram. Assim surgiram as marchas de Lisboa, festas e romarias por toda a "casa lusitana", o mesmo sucedeu aqui, vejamos:
Os festejos passaram a realizar-se anualmente, atraindo milhares de visitantes, contando com presença do Presidente da Câmara Municipal de Sintra, o mais assíduo deles, o Visconde de Asseca ou não tivesse sido Paiões importante morgadio e albergado no seu alfoz o palácio da Quinta do Ulmeiro , e ostentar solarengas quintas ainda hoje existentes.
A aplicação dos "lucros" das festas está origem do renque vistoso de cedros podemos observar a partir do...
Anualmente formava-se a comissão que chamava a si tarefa de realizar as festividades, alterações sociais e políticas foram surgindo, levaram a interrupção das festas. Há dois ou três anos por iniciativa de pessoas oriundas ou residentes em Paiões, o acontecimento festivo retomou vigor animando, agora mês de Junho, esquecendo Setembro, tal qual era quando começaram .
A fazer fé na noticia recolhida do Jornal de Sintra, as festas começaram há 60 anos comemorados este ano. Oxalá continuem por muitos e bons.
Na antiga e pitoresca aldeia de Albarraque, situada na freguesia de Rio de Mouro no Município de Sintra, entre outro acervo patrimonial, os moradores orgulhavam-se da bela ponte romana sobre a Ribeira da Silveira, local de tal beleza pictórica que serviu de tema para pintores de renome, um dos quais Carlos Reis que foi o mais assíduo e apaixonado...
Numa quinta-feira 19 de Julho de 1969, um grupo de operários da "Hidraulica" nome que popularmente designava a Direcção Geral dos Serviços Hidráulicos - serviço estatal responsável pelos recursos hídricos - aqueles assalariados com auxilio de potente escavadora, em trabalho de limpeza do curso de água, destruíram por completo a ponte romana, segundo foto da época ficou neste estado.
O ilustre natural de Abarraque Sr. António Augusto de Carvalho, vencedor da primeira volta volta a Portugal em bicicleta, alertou o presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro para a triste ocorrência, o qual por sua vez na companhia do vereador municipal o conde Sabrosa visitaram o local e constataram a destruição da ponte, bem como pequena represa ficava a montante.
O Património histórico de Sintra delapidado sem conhecimento prévio de quem deveria ser informado. Em Portugal é pecha antiga arrasar marcos históricos de uma povoação sem explicação plausível.
Lembro neste espaço algo a que a imprensa na altura definiu como: "uma pepita de oiro do legado histórico de Sintra". Infortunadamente destruído: a ponte romana de Albarraque.
Casal de Cambra actualmente, freguesia no concelho de Sintra, situa-se num território onde se verificaram profundas transformações ao longo de pouco mais de um século, local de viligiatura dos cónegos da câmara eclesiástica de Lisboa - "celeiro" das freiras de Beja - maior aglomerado de génese ilegal da Europa, recuperado com esforço e "cabedais" de moradores e Município.
Durante meio século, pela fama de propriedades curativas das águas, ali afluíam multidões procurando alivio dos padecimentos. Nos primórdios do regime republicano.
Publicava legislação que outorgava o alvará de concessão permitindo exploração das águas medicinais existentes na localidade.
Note-se documento refere: "Casais de Câmara" por isso a concessionária era denominada por: "Empresa das Aguas de Casais".
Vestígios do balneário, podem ainda ser observados no jardim de Casal de Cambra no "Parque 25 de Abril". Na época que muita gente rumava as nascentes, era frequente ouvir-se em Lisboa: "vou a águas para Casal de Cambra ".
A importância do manancial, relevante , daí ser referenciada nas cartas geográficas concelhias.
Escrevi algum tempo nesta " tribuna " os melhores pregos e bitoques eram os do " arco - íris " restaurante sediado na Av. Infante D. Henrique , perto da estação ferroviária na freguesia sintrense de Rio de Mouro.
Confesso ultimamente comecei duvidar da justeza da minha apreciação. Felizmente posso hoje reafirmar, continua a ser o melhor sitio de toda área metropolitana de Lisboa para degustar os pitéus.Ontem pude verificar com satisfação a excelência da carne esmero da apresentação, simpatia do pessoal, quem tiver dúvidas vá lá e constate a veracidade .
Neste cartão, sem exagero, deviam substituir termo " especialidades " por "sumidades " , mais não digo, esta genuína e ilustre casa elevou confecção da iguaria que sintrense Manuel Prego " inventou ", ao mais alto gabarito.
Numa das estremas do Município de Sintra, proximidade da " fronteira " com vizinho concelho de Loures,no meio da ubérrima zona horticola, de Albogas,deparei topónimo de significado desconhecido.
Encontrei em diversos registos paroquiais do século XVIII das freguesias do concelho sintrense, informações relatando existência de escravos de proveniência africana, empregues nas tarefas agrícolas, principalmente, em propriedades senhoriais. Todavia, escravos habitaram desde tempo recuado na região saloia.
Este facto social, permitiu apurar , designação antiga atribuída a individuo crioulo, era SAMU.
Topónimo significaria, sitio outrora habitado por vários , samu, porventura escravos; gíria popular, transformou plural não samues mas SAMUDES.Será ?