Conto em poucas linhas o sucedido.Na Rinchoa, onde moro, nas cercanias do recinto onde se realiza anualmente a Feira das Mercês;existia casa de arquitectura, vistosa típica das moradias edificadas pela burguesia lisboeta,no primórdio do século passado, nas quintas dos arredores de Lisboa, para veraneio, principalmente aqui na freguesia de Rio de Mouro, zona de ar puro, apropriado, segundo se dizia, a cura de maleitas dos pulmões.
Um incêndio de causa desconhecida, numa noite haverá talvez dois ou três anos, destruiu recheio e telhado da habitação ficando de pé as paredes enegrecidas, rachadas pelo fogo , ameaçando ruir.
Para segurança de peões e viaturas, serviços competentes da Câmara Municipal de Sintra,promoveram a demolição.
Nas paredes além da placa toponímica designando artéria, onde ficava a casa, estava colocado , painel de azulejo, representando Nossa Senhora da Conceição, da qual por certo, seria devoto o proprietário inicial.
Não houve cuidado de retirar os azulejos, por isso, já não existem, uma pena. Por sorte algum tempo antes fotografei, assim, neste espaço ainda é possível contemplar.
Revisitei os apontamentos escrevi nas viagens, de autómovel que realizei por todo Portugal, já estive em quase todas sedes de Concelho,falta visitar Carrazeda de Ansiães, nas terras transmontanas, que marginam o Douro.
A imposição de confinamento, que a pandemia, provoca parece dá ainda mais vontade de voltar a conduzir por ai adiante. Espero sinceramente possamos fazer brevemente.
Hoje lembrei percurso realizado na estrada nacional 243, entre Montargil, e o cruzamento da EN 118, em pleno Ribatejo, junto a Santa Maria de Ulme, concelho da Chamusca.
A partir de Foros do Arrão, a estrada embrenha-se por terrenos de montado e eucaliptos, sem povoações visíveis até a aldeia de Gorjão.
Daí para diante, ao fim da via, somente localidade de Chouto, quebra a monotonia. Nem pássaros se ouvem, quando fiz o trajecto, cruzei-me com um único veiculo no espaço de trinta quilómetros.
Imagino com será agora neste tempo de " reclusão sanitária ". Custa acreditar, pouco mais cem quilómetros de Lisboa, possamos deparar com charneca erma e solitária como esta.
Portugal é país fantástico para descobrir. Disso sei...
O Município de Sintra, segundo mais populoso do Pais, estende-se por um território de cerca 400 quilómetros quadrados de área. Tão amplo espaço , dificulta acção dos responsáveis autárquicos, no sentido de suprimir as carências, ainda deparam, e torna mais problemático o quotidiano da pessoas.
Esta evidencia, não justifica tudo;executivos camarários no tempo da ditadura Salazarista, foram confiados amigos do regime, maioria dos casos sem competência nem ideias de progresso para o concelho.
Cerca 60 anos numa época em que deveriam ser lançadas bases dum ordenamento do território e programadas infra-estruturas, coincidentes com a categoria administrativa, de " município urbano de primeira classe ", executivo camarário, edilidade liderada por gente importante,cheia de vaidade, vazia de propostas para desenvolvimento Municipal,fazia inaugurações, próprias de município do interior profundo, e não de uma autarquia as portas da Capital do Império.
O pessoal empregado na câmara maioria impreparado, algumas vezes, recrutado por compadrio , e benevolência dos detentores do poder.
Muitos dos colaboradores, conheciam somente a vila, e pouco mais além disso. Aos pais sucediam filhos, assim " cantando e rindo ", os problemas existentes avolumavam-se; outros iam surgindo como caso do aglomerado de génese ilegal de Casal de Cambra, maior " bairro clandestino da Europa ", medrou não com apoio declarado, mas com complacência dos " senhores da terra",
A noticia do Jornal de Sintra é elucidativa, ajudando a compreender, como ainda actualmente , temos problemas, já não subsistem noutro município da Grande Lisboa.
Povoação muito antiga pertencente a freguesia de Almargem do Bispo, no concelho de Sintra, ALMORNOS, pela singularidade topónimo despertou a minha curiosidade,no sentido de conhecer significado.
Trabalho aturado,investigação e algumas demoradas visitas ao local,permitiram chegasse a bom porto.
Almornos , fica situada, no topo de uma colina, pouco adiante da povoação de Sabugo, na direcção da sede da freguesia.Chamou atenção as excelentes pastagens, circundantes da aldeia, aonde ainda hoje pastam rebanhos de gados ovino,e bovino.
A vegetação herbácea é propicia ao pastoreio, segundo apurei, erva,boa alimentação do gado.
Nas colinas e vales próximos, abundava erva popularmente conhecida por tremoção, usada depois de ceifada e seca, como forragem.
A criação de gado seria importante, dessa particularidade, ficou na toponímia, o " CASAL DO CARNICEIRO ",nas cercanias da aldeia.
A palavra termoço provém do grego, sendo o vocábulo introduzido na Península Ibérica por via árabe, " al-tornos ", por corrupetela, deu ALMORNOS : poderemos sintetizar : terra ou sitio onde se cultivam tremoços ou se ceifa tremoção para gado... Pronto ! fica esclarecido...