UMA VELHA FONTE DE ALDEIA
Quando era possível passear sem peias, por onde nos apetecia, passei junto de fontanário de provecta idade, como confirma placa, indicativa da epoca da inauguração.
Seria dia de festa rija, melhoramento , tão relevante , para quotidiano dos aldeãos,justificava presença do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra, tocou a banda de Pêro Pinheiro; menina da escola primária, muito elegante vestindo bata branca, lavada e engomada a preceito. apresentou na bandeja de prata, tesoura corta fita.
Não faltariam discursos de circunstancia, e bênção do senhor Pároco da Freguesia.Nesse dia, quem sabe? os presentes, não imaginariam decerto, oitenta e nove anos volvidos, a bica, estaria sem gente para encher o cântaro, nem em seu redor pessoas buscando encontrar companhia para dois dedos de conversa.
Ainda bem, o progresso ,tornou obsoleta a melhoria, desse ano 1932.Não deixa ser melancólico, e elucidativo, aquilo acode ao pensamento, quando observei a "bica", temos ilusão tudo criamos, será eterno, nada acabará, no entanto citando M. Djilas, "Haverá um fim para todas as coisas, amanhã ". Adeus velha fonte...