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Tudo de novo a Ocidente

AÇUDE DA QUINTA DA PRESA OU DA REPRESA

Do que terá sido muito antiga quinta da Presa,actualmente resta pequeno núcleo, na rua liga Rio de Mouro Estação as Mercês, ainda no território da freguesia de Rio de Mouro , Município de Sintra; é assim denominada por causa da represa  existiu na propriedade.

Procuro há muito saber ao certo, onde ficaria tal construção,no meio da papelada tenho vindo, paulatina e preguiçosamente limpar do meu arquivo,aproveitando ensejo proporcionado pelo estado de residência fixa e vigiada, resguardado da pandemia, e dos cada vez mais numerosos néscios apareceram, não sei donde transvertidos  sábios , conselheiros e comentadores.Num desses papeis, encontrei informação para resolver  dúvida. 

Caminho particular,desde Avenida Almirante Gago Coutinho, ao parque urbano da Ribeira das Enguias, transpõe o curso de agua por meio de um pontão,durante dilatado tempo as pessoas passavam pelo cume do dique. No leito da ribeira, podemos observar interessantes vestígios.

miimas.JPG

Tratam-se de ruínas do açude, e começo da levada que fazia mover azenha, existiu mais abaixo,onde fica a Rua do Jornal de Sintra, artéria , onde passava a via Romana em direcção de Albarraque.

A quinta da Represa ou da Presa, extensa propriedade, englobava os terrenos onde está o pavilhão desportivo e escola básica da Serra das Minas, e também os da outra margem da Ribeira, desde as " hortas urbanas " , até para além do IC 19.

Finalmente o açude foi construido no local das ruínas , para permitir, além da rega de culturas agrícolas, igualmente armazenar as aguas provenientes das nascentes ou minas, das colinas ( serra  ), do mesmo nome. Mapa do sitio

apresa.JPG

 

LOGOTIPO DO PARQUE URBANO : REPARO

Mister começar, como poema declamado por João Vialaret " Lisboa querida mãezinha " : No caso presente direi " RINCHOA QUERIDA VELHINHA ", penitencio-me por ter sugerido para símbolo do parque urbano, o magnifico sobreiro; no entanto é imperdoável,ter esquecido  arbusto que esteve na origem do teu nome, e abundante no parque urbano, refiro RINCHOEIRO: e igualmente, 

rinch11.JPG pilriteiro, escalheiro, escambrulheiro, catapereiro, estrepeiro...

Tudo porta enxertos apropriados para enxertar pereiras ditas  "mansas",de que existe no parque, logo a entrada,  exemplar velhinho, mal cuidado,ainda  produz belos frutos, ou não fosse Rinchoa uma terra de e PERAS.Estou perdoado...

pereira1.JPG

 

 

LOGOTIPO SIMBÓLICO PARA PARQUE URBANO DA RINCHOA

Usualmente para caracterizar, simbolicamente, parques naturais, urbanos ou áreas protegidas, escolhessem-se elementos da fauna ou flora,desses sítios, ou ainda alguma construção indubitavelmente associada.

O parque Nacional da Peneda Geres, adoptou, para símbolo o corço, Parque Natural Sintra Cascais, as chaminés do Palácio da Vila de Sintra. A Tapada de Mafra, cabeça do veado.A reserva natural do Paul do Boquilobo na Golegã, a pequena garça branca. Seria fastidioso enumerar mais casos, bastam estes exemplos para realçar importância de escolher um logótipo , para marca de um sitio de peculiar beleza natural e ambiental.

O parque urbano da Rinchoa, alberga rica fauna e flora, nesta tem predomínio  espécies autóctones, carvalhos e sobreiros, aliás, árvores da mesma " família ".

Parece adequado propor elemento identificativo deste espaço,hoje muito frequentado pela população das redondezas. Assim deixo sugestão de considerar para o efeito, sobreiro existente, junto do antigo muro da quinta de Fitares, na margem do caminho .

Espécime jovem cerca 40 anos,vigoroso crescendo em local desafogado com toda condição de se ir transformando cada vez mais numa árvore bela e grandiosa. " O SOBREIRO DO MURO " , merece ser símbolo do nosso parque urbano na Rinchoa, freguesia de Rio de Mouro, municipio de Sintra.

sobreiro 3.JPG

 

.

EFEMERIDE RELEVANTE PARA A VILA DE BELAS

Cumprem-se este mês  65 anos, de acontecimentos causaram muita satisfação, a população residente na vila de Belas, antiga sede de concelho extinto com  reforma administrativa do liberalismo em 1855.

Nesse Domingo, 20 de Maio de 1956, foram inaugurados, novo mercado coberto e novo Quartel dos Bombeiros. Presidiu as cerimónias o Presidente da Camara Municipal de Sintra, Dr, César Moreira Baptista,  mais tarde seria Secretario de Estado da Informação do Governo Marcelo Caetano.

O programa, constou de missa, deposição de flores nas campas dos bombeiros, e imposição de medalhas aos elementos do corpo activo. A noite houve baile e fogo de artificio.

Relembro esta data, muito importante para a localidade, naquele tempo. Sempre me senti em casa quando estou em Belas,ali passei muitos bons momentos de fraterna convivência com antigos democratas e republicanos.

Jamais esquecerei facto da minha indigitação para a lista da vereação da Camara Municipal de Sintra, se ficou a dever aos meus amigos daquela localidade.

Parabéns a corporação dos Bombeiros Voluntários de Belas, e toda população. Viva  a vila de Belas.

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IR A FEIRA BEBER CHÁ

Depois de extinção. no inicio década 50 século passado, da romaria do Senhor da Serra,que realizava em Belas, na quinta do mesmo nome, a Feira das Mercês passou ser  mais importante manifestação popular desse tipo de toda a região de Lisboa e arredores.

Afluíam multidões, em busca de divertimento, e comida e bebida que regalava o povo.Leal da Camara retratou com mestria o bulício da feira.

Aproveitando afluência muita gente e entidades, procuravam obter boas receitas para os seus objectivos.

A viúva de Leal da Camara, Srª Júlia Azevedo, pós falecimento do marido, dedicou-se a obras de caridade da paróquia de Rio de Mouro,e mesmo do regime Salazarista, integrando o denominado Movimento Nacional Feminino, organização das mulheres dos altos dignitários apoiantes do Estado Novo.

Na Feira das Mercês, durante anos, pontificaram personagens, populares muito estimados pelos frequentadores. O Pata Larga,inicialmente dedicado ao negócio de comes e bebes, trocou depois actividade pela venda de loiças de barro,alguidares, pratos e púcaros.

Diamantino Batalha,da aldeia do Seixal no caminho da Ericeira,conhecido, " homem dos bigodes"; dado enorme apêndice capilar adornava seu carão tisnado do sol. 

A tia Bucelas, feirante com os pipas de vinho da terra que lhe dava nome.Os ceramistas de Barcelos, família Gonçalves, vendiam os muito procurados bonecos de barro,representando saloio com seu barrete e pipos as costas.

Destoando desta panóplia de figurantes, resolveram as senhoras da melhor sociedade da Rinchoa. lideradas por Dona Júlia,instalar elegante salão de chá, no pátio da quinta da Marquesa,  cujos proventos destinavam auxiliar os pobres protegidos da obra de São Vicente de Paulo, da freguesia de Rio de Mouro.

O salão fez muito sucesso,dando azo a piada popular " Agora só faltava esta,ir a Feira das Mercês, beber chá do legitimo ". 

Enfim! Portugal nos idos de 1958.

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GRANDE SUSTO VEIO DO CÉU

Maio de 1941, Primavera soalheira, segundo boletim meteorológico. um pouco ventosa como é habitual, nessa estação na planície da charneca saloia, entre Massamá e Ranholas

Por volta das 9 horas da manhã,vindos da banda de Queluz, voando a baixa altitude, surgiu um grupo de três aeronaves,sediadas na Base Aérea da Granja do Marquês,efectuando exercícios de treino de pilotagem. Os aviões seguiam em formação muito próximos uns dos outros.

De repente, quando sobrevoavam, a Quinta do Ulmeiro, sensivelmente, onde hoje está a escola Secundária Gama Barros,um dos  aeroplanos, tocou na asa de outro, e num ápice, despenhou-se no solo da quinta, indo chocar contra  grosso tronco de uma das árvores da propriedade,

Do pessoal na ocasião , trabalhava na quinta, ninguém foi atingido pelos destroços do avião que se incendiou e desfez,tendo o piloto tido morte imediata.

O estrondo provocado pelo embate no solo, ouvido a grande distancia, originou susto e alarme entre a população.

Os dois aviões restantes conseguiram aterrar sem problemas na pista da Granja, o comandante da esquadrilha, deu alarme tendo seguido para o local do despenhamento,  ambulância de socorro, que transportaria para Hospital Militar em Lisboa, o cadáver do malogrado piloto,

O assunto seria motivo para conversas, durante algum tempo. Os habitantes da Freguesia, de Rio de Mouro, nomeadamente os dos lugares do Cacém e Paiões, não ganharam para o susto, não devemos esquecer que estávamos em plena Guerra Mundial

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NO PRINCIPIO ERA CAMINHO DOS SILOS

 

Uma satisfação proporcionada pela pesquisa,é verificarmos a veracidade de algumas hipóteses aparentemente podiam parecer lendárias e fantasiosas.

Na freguesia de Rio de Mouro , Município de Sintra, antiquíssima aldeia das Covas, é exemplo disso.Existe antigo caminho, ligando esta localidade a aldeia de Paiões, cuja utilidade principal , para os moradores foi permitir , com maior comodidade aceder a Igreja Matriz de Nossa Senhora de Belém, dai apelidarem tal via " caminho da Missa ".

No entanto, no começo, o motivo porque se abriu tal via, teve outra motivação. No tempo, muito anterior a fundação da nacionalidade Portuguesa.Os povos para guardarem cereal resultante de boas colheitas, para tempo de penúria, usavam armazenar o grão em covas abertas no solo:

 Abertas as covas, eram depois, " barradas" com argila, para impedir o cereal fosse contaminado pela terra.

Finalmente,  depositavam no interior  o grão, capacidade destes, " armazéns " variava de 10 a 20 alqueires, (600 a 1200 litros).Sendo a abertura tapada com pesada pedra.

Os terrenos de maior produção cerealífera desta área,  situavam-se em Paiões, o caminho permitindo transito de carretas e mais tarde carros puxados por animais, saia de Paiões por onde hoje é rua de Santo António, seguindo depois na direcção  das Covas.

Esta pratica, originou na toponímia, nomes, com " URRA , URROS, COVAS , HORREOS e CAMPO DE SILOS "

 O sitio seria escolhido pelas características do solo de arenito, abundância de argila, boa exposição solar.

Quando foi instituido concelho de Cascais, no reinado de D. Pedro I, aldeia permaneceu no concelho de Sintra; sendo administrativamente, freguesia de Rio de Mouro, e termo da Vila de Cascais, talvez porque os silos existentes, continuaram a ser utilizados por habitantes do novo Município?.

O caminho agora conhecido com sendo da Missa, foi de facto, no começo  durante séculos , " Caminho de Pão ", aqui apresentado a saída da povoação das COVAS

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