No âmbito da actividade programada pela Junta de Freguesia de Rio de Mouro, para assinalar centenário do falecimento de José Cupertino Ribeiro Júnior terá lugar no auditório da Casa Museu Leal da Camara no próximo dia 25 do corrente,conferencia a proferir pelo Professor Doutor Daniel Alves docente na Universidade Nova de Lisboa.
Investigador reconhecido da vida e obra de Cupertino Ribeiro, ouvir o ilustre Professor Daniel Alves, será ocasião de ficar a conhecer melhor Cupertino Ribeiro nosso patrício por adopção industrial proprietário da Fabrica de Estamparia benemérito de Rio de Mouro, custeou do seu bolso grande parte das despesas da construção do novo cemitério paroquial, construido logo após implantação da Republica.
Rio de Mouro, freguesias das mais populosas de Portugal,alberga no seu território particularidades interessantes,cuja descoberta parece epifania.
Um dia da ultima semana deste Maio caloroso e poeirento,decidi aventurar-me por caminho pedonal,nunca antes havia percorrido, resultado foi surpreendente.
Logo no inicio da caminhada deparei com a presença de socalcos lançados na encosta,e graças a trabalho de limpeza do mato e arvoredo,ficaram visíveis; e testemunham actividade agrícola própria das zonas de minifúndio,revelando a este rincão sintrense desde tempos recuados vem aportando gente de todo País, procendentes em maior numero do centro e norte de Portugal.
O coberto florestal é aqui formado por pinheiros do tipo de Alepo, como sabemos originário do Mediterrâneo; resina desses pinheiros,é usada pelos gregos na preparação de um vinho peculiar denominado retsina.
Rio de Mouro e seu ambiente natural teriam ,talvez, características vincadamente de clima mediterrânico,a primazia do pinheiro de Alepo,sobre o pinheiro bravo das dunas e medos da orla do oceano Atlântico, parece exemplificar tal hipótese.
Iremos continuar ainda agora estamos a meio do caminho.
O município de Sintra um vasto território onde é possível encontrar singularidades que o tornam jóia com património natural único e, situado menos de vinte quilómetros da cidade de Lisboa.
A freguesia de Rio de Mouro desde começo do povoamento,pertenceu sempre ao termo da Vila de Sintra; muito procurada pelas suas terras férteis e regadas por várias ribeiras, nela foram ao longo dos séculos, edificadas importantes quintas algumas ainda existentes.
A riqueza florestal de zona, permitiu muitas árvores de vetusta idade,tenha crescido ba beira dos caminhos e nas propriedades. Estão nesse numero sobreiros carvalhos e alguns castanheiros.
Carvalheiras seculares podemos encontrar na cercanias da Quinta do Mirante,nas encostas da Rinchoa, e no parque urbano de Rinchoa - Fitares.
Ainda não há muito tempo,foi proporcionado "visitar" exemplar magnifico de um carvalho cerquinho,abrigado numa quinta em recuperação, segundo apuramos já era árvore de porte altivo em 1891, quando a propriedade foi comprada, por antepassados de quem a vendeu aos actuais donos.
Rio de Mouro termo da Vila de Sintra,detém património singular ,com a particularidade de estarmos numa zona densamente habitada.
Quase a completar meio século que aqui moro , cada dia gosto mais desta terra adoptiva, agora considero minha. Aqui fica este nosso admirável amigo.
Covas antiga aldeia, localidade pitoresca da freguesia de Rio de Mouro, Município de Sintra,recebeu essa designação porque nela se situavam em tempos idos, silos onde se guardavam os grãos cerealíferos colhidos, principalmente, na área de PAIÕES.
Verificamos há pouco, até a década 1970, a cumeada das colinas onde edificaram a povoação, albergava numero significativo de moinhos de vento.
Tudo vem confirmar aquilo que já referimos neste blogue.O cereal produzido em Paiões, transportado depois para as "tulhas" das Covas, seria finalmente reduzido a farinha, nas moendas, construidas " a boca dos silos ", tudo perfeito e coerente. A toponímia é manancial de informação a ter em conta.