Investigar significa busca permanente na busca de um melhor conhecimento acerca das coisas e dos factos; algumas vezes aquilo em determinado momento achamos ser o mais azado, vem a revelar-se com decorrer da busca incorrecto.
Vem a propósito toda esta temática,de ao texto que escrevemos neste sitio,relativo a sitio maravilhoso da Freguesia de Rio de Mouro, concelho de Sintra, conhecido pelo rio dos Veados.
Na altura,escrevi que a origem do topónimo deriva da existência de veados ou gamos. No entanto, igualmente referi no local existem muitos vestígios de antigos "passadouros" para possibilitar passagem a vau, com caudal reduzido a pessoas e carros de tracção animal.
Hoje pela manhã voltei ao local e fiquei com a certeza, o rio ali tem o nome de VIADOS, e não de Veados.
Viado é um caminho, trajecto, viador dizemos referindo-nos a quem vai de viajem, caminhante,transeunte, alguém que peregrina.
Deste modo os locais onde onde viador transpõe a pé um curso de agua a vau, são os VIADOS. Daqui provem igualmente o termo viaduto.
Veados são outra coisa. Assim está tudo certo e perfeito.
O aqueduto das Aguas Livres,emblemática obra de engenharia , mandada construir pelo Magnânimo rei D.João V de Portugal, o qual gastou os recursos do erario publico, até a exaustão,de tal sorte, quando faleceu seria necessário contrair emprestimo para lhe fazerem as exéquias.
O aqueduto capta as principais nascentes no território hoje Município de Sintra sendo a principal no Olival do Santíssimo;foi preciso encontrar mais agua ao longo do percurso, para garantir um caudal suficiente para mitigar a sede aos lisboetas,já que no século XVIII, para lavar as ruas da cidade imundas e fétidas, com suínos a solta pelas calçadas,não havia agua suficiente.
Para o efeito foram construidos aquedutos secundários tributários do principal; um deles é o da Mata, denominado assim porque tem origem no sitio da Mata, junto da ribeira de Vale de Lobos, pouco adiante da localidade do Telhal.
Para reforçar caudal de agua aduzido,foram feitas captações por meio de poços no aquífero subterraneo, o primeiro dos quais da Chamuscada, continua, actualmente, ser utilizado.O segundo era o do Grajal junto da aldeia Venda Seca.
O aqueduto da Mata, entronca com ramo principal ,vindo da banda das terras de Dona Maria, no casal do Pelão, perto da quinta das Aguas Livres.O traçado desta obra é quase totalmente enterrado, no entanto junto a quinta do Molhapão é visível pequena parte da arcaria.