Realçar importância para investigação histórica, conhecimento do significado dos topónimos, será sempre adequado. Vou referir exemplo interessante, que encontrei casualmente,na localidade de Albarraque.
Na proximidade das artérias denominadas, Sidónio Pais, e Álvaro Vilela, deparamos, Rua dos Cortinhais. Conheço idêntica designação de vias publicas em Tábua e, Pampilhosa da Serra, no território do concelho de Sintra,além da referida julgo não existir outra.
Cortinhais deriva de palavra latina, significando hortinha, pátio de quinta, tapada, horto ... Este toponómino aparece sempre associado a uma grande exploração agrícola.
Seria terreno emprestado pelos senhores da terra aos servos; para assim disporem de pequenas courelas destinadas a cultivo próprio e a criação de animais, local onde podiam ter redil capoeiras , pocilga, curral.
Nas cercanias da Rua dos Cortinhais em Albarraque , ainda existem quintas, devem ter origem na divisão de uma antiga "quinta grande".
Apresentei num encontro de história local de Sintra, testemunho da utilização de escravos negros,no amanho das terras na região de Rio de Mouro, na primeira metade do século XVIII.
Perto da Rua dos Cortinhais , existe uma Rua das Mulatas.Sem duvida nesta como nas outras localidades referidas; cortinhais surgiu de modo similar tendo mesmo significado. E pronto...
Na área metropolitana de Lisboa (AML),existe numero razoável de ribeiras correndo em espaços urbanos densamente povoados, praticamente secam durante período da estiagem.
Reportando território do municipio de Sintra, situação merece ainda maior atenção. Esta zona até década 1930,foi considerada de paludismo endémico.
Orfanato escola Santa Isabel em Albarraque, freguesia de Rio de Mouro,quando da construção destinaram local de isolamento doentes portadores sezões palustres; consideradavam ao tempo, picada dos mosquitos em infectados seria meio de transmissor da doença para pessoas saudáveis.
Surgiu agora, na imprensa, que devemos precaver possibilidade do dengue passar de maleita importada para doença, originada no nosso território.
Conhecido facto , Portugal ser zona onde o paludismo chegou ser uma praga, alertamos para necessidade encetar campanha de prevenção contra proliferação de mosquitos nas ribeiras e charcos são verdadeiros "viveiros" de insectos.
Deveriam monitorizar caudal daquelas para impedir formação de pegos ou charcos quando escasseia água.Nestes casos promover limpeza das ribeiras e drenagem dos pegos.
Alertar população para cuidados, com rega de plantas ornamentais ao ar livre ou em interiores , não deixando acumular agua nos pratos de suporte dos vasos porque é propicio a ecolsão de mosquitos.
Também chamar atenção, para receptáculo de latas de conservas, fundos de garrafas de vidro, e outros similares, abandonados nos espaços públicos , para não deixar reter agua das chuvas; isso aumenta condições proliferação da mosquitada.
Estamos perante problema de saúde publica exigindo atenção e colaboração de todos. Depois não digam que não avisei...