A ÁRVORE - ORNAMENTO E DISTINÇÃO
É comum associar as árvores à produção de madeira frutos e a retemperadora sombra. Se outros atributos não tivessem, estes seriam suficientes para cuidarmos da sua conservação e respeitarmos quem contribui para nos alegrar a vista e purificar o ar que respiramos.
De vez em quando, deparamos com exemplares plantados em locais e situações que suscitam, imaginários pensamentos, sobre o porquê de tais ocorrências. Isto leva-nos para outro dos aspectos ligados as árvores: o mágico e o simbólico. Vem tudo a propósito de dois magníficos FREIXOS que ladeiam a entrada duma formosa quinta, situada próximo de Paiões na Freguesia de Rio de Mouro no Concelho de Sintra. Esta freguesia é a par da vila sede aquela onde encontramos mais quintas.
Observando os freixos, podemos constatar serem de idade avançada visto os seus troncos se apresentarem com o interior oco, como se pode notar no sopé.
A quinta é do século XVIII, devendo remontar aquela época, o plantio das árvores, cujos os fustes, quase iguais, permitem concluir terem idade semelhante. A quinta já teve vários proprietários na actualidade pertence a um estrangeiro.
Quando o seu primitivo dono plantou os freixos, parece ter tido a preocupação de os colocar em posição de "guardiães " da entrada, e escolheu uma espécie de folhas sempre verdes, desse modo ideal para embelezar o acesso da sua propriedade.
Por ouro lado o freixo, simbolicamente representa, a perenidade da vida que nada pode destruir. A preocupação humana de deixar uma marca para além da passagem por esta vida. Como os freixos segundo antigas crenças servem para afugentar as serpentes, talvez se pretendesse resguardar a quinta dos perigos e invejas. Quem sabe?
Uma coisa é certa estas duas árvores formam um conjunto distinto e ornamental que passa despercebido, para evitar isso, fica a imagem.