Um Fontário triste.
O Jornal o Século, publicado durante mais cem anos encerrou já depois de 25 de Abril 1974, nas sequelas do "PREC" (processo revolucionário em curso). Na edição de 30 de Maio de 1956 (quarta-feira) deparamos com a seguinte notícia:
"Com a presença do Dr. César Moreira Baptista presidente da Câmara Municipal de Sintra foi inaugurado na Rinchoa um marco fontanário, em cujo frontespício se encontra representado um aspecto do Palácio Nacional de Sintra. Ao acto inaugural assistiram muitas crianças das escolas acompanhadas dos professores e as principais entidades da Freguesia (Rio de Mouro)". Um dia festivo para os moradores, o marco fontanário, ficava fronteiro ao casino da Rinchoa, (na actualidade um conhecido colégio) na confluência da Avenida dos Plátanos com a Calçada da Rinchoa. Quando foi executada a rotunda existente, pretendeu-se, simplesmente destrui-lo, ainda conseguimos que apesar de "decapitado" da parte superior, onde estava o tal frontespício, fosse recolocado, onde se encontra, no topo dum pequeno espaço arrelvado, junto a Estrada Marquês de Pombal. Está seco, a sua estrutura de pedra lavrada foi caiada, descaracretizando-o completamente. Por incuria caiu na condição dum "fontanário triste", completa 57 anos, parabéns! Que será feito das crianças presentes e, concerteza bateram palmas com as infantis maõzinhas, quando a água jorrou pela primeira vez na bica de pedra, iniciando um tempo em que milhares de residentes e passantes, nela mitigaram a sede!? A fonte passou a pertencer ao quotidiano dos moradores, daí o povo ter "baptizado "o espaço circundante : "Largo do Chafariz". Mais uma "memória " da nossa urbe.