CACIQUISMO PATRONAL
A fabrica de tinturaria e estamparia que existiu em Rio de Mouro, situada defronte do adro da igreja matriz de Nossa Senhora de Belém. A fábrica laborou durante quase 150 anos, produzindo chitas e lenços estamparia de boa qualidade, facto que originou a atribuição para o estabelecimento fabril, diversos prémios em certames nacionais e estrangeiros onde expunha os seus produtos.
A importância da fábrica, motivou que fosse autorizada a ostentar título de "REAL FÁBRICA DE RIO DE MOURO ".
Esteve mais de um século na posse da família Luz, uma das mais importantes do burgo, onde actualmente ainda podemos encontrar quinta com o seu nome.
O proprietário homem poderoso e rico, mandava como queria tanto na fábrica como na localidade. Um exemplo de caciquismo patronal, podemos encontra-lo, na assinatura de uma petição ao Cardeal Patriarca de Lisboa, nos anos 80 do século XIX. Para que o pároco da freguesia ficasse unicamente com trabalho desta paroquia, para melhor servir os fiéis, na assinatura do documento o patrão assumia, a certeza de que sua a vontade seria a dos seus servidores, escreveu no documento:
"Como proprietário da Real Fábrica de rio de Moiro (sic), por mim e por todas as pessoas de que se compõem a dita fábrica.
ass: o proprietário"