CREPÚSCULO DO "ALVOR"
No lugar de Paiões, freguesia de Rio de Mouro funcionou pelo menos até 1983, o preventório destinado a albergar, rapazes filhos de pessoas portadoras de tuberculose para os resguardar do contágio da doença dos progenitores.
O estabelecimento na dependência da Junta distrital de Lisboa, beneficiava de rendimento das casas dos bairros Dr. Mário Madeira, propriedade da junta, situados na Pontinha e Urmeira.
A "obra social Alvor" podia receber até 84 crianças entre os 5 e os 10 anos. Várias entidades e mecenas contribuíam para manutenção do "Alvor": fundação Cardeal Cerejeira, União das Juntas de Freguesia e General Costa Macedo.
Implantado num lugar "lavadissimo de ares " na actual rua que ostenta o nome da instituição, o preventório foi instalado em Paiões, pela fama de pureza benéfica para as doenças do foro respiratório, que goza a atmosfera da freguesia de Rio de Mouro.
Quando da revolução de 25 Abril 1974, a instituição sofreu vicissitudes, motivadas pelas sucessivas altercações do denominado "PREC".
O decreto - lei 50/83 de 31 de Janeiro 1983, extinguiu a autarquia distrital, integrou o "internato de menores" denominado "ALVOR", situado em Paiões Rio de Mouro na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
A partir dessa data, o lento período crepuscular iniciou-se e as instalações degradadas apresentam hoje o aspecto da imagem.