GRANDE SUSTO VEIO DO CÉU
Maio de 1941, Primavera soalheira, segundo boletim meteorológico. um pouco ventosa como é habitual, nessa estação na planície da charneca saloia, entre Massamá e Ranholas
Por volta das 9 horas da manhã,vindos da banda de Queluz, voando a baixa altitude, surgiu um grupo de três aeronaves,sediadas na Base Aérea da Granja do Marquês,efectuando exercícios de treino de pilotagem. Os aviões seguiam em formação muito próximos uns dos outros.
De repente, quando sobrevoavam, a Quinta do Ulmeiro, sensivelmente, onde hoje está a escola Secundária Gama Barros,um dos aeroplanos, tocou na asa de outro, e num ápice, despenhou-se no solo da quinta, indo chocar contra grosso tronco de uma das árvores da propriedade,
Do pessoal na ocasião , trabalhava na quinta, ninguém foi atingido pelos destroços do avião que se incendiou e desfez,tendo o piloto tido morte imediata.
O estrondo provocado pelo embate no solo, ouvido a grande distancia, originou susto e alarme entre a população.
Os dois aviões restantes conseguiram aterrar sem problemas na pista da Granja, o comandante da esquadrilha, deu alarme tendo seguido para o local do despenhamento, ambulância de socorro, que transportaria para Hospital Militar em Lisboa, o cadáver do malogrado piloto,
O assunto seria motivo para conversas, durante algum tempo. Os habitantes da Freguesia, de Rio de Mouro, nomeadamente os dos lugares do Cacém e Paiões, não ganharam para o susto, não devemos esquecer que estávamos em plena Guerra Mundial