PERO PINHEIRO TERRA DE PESSOAS SOLIDARIAS
A localidade de Pêro Pinheiro, no Município de Sintra, terra de produção e transformação de rochas ornamentais , canteiros e empreendedores do ramo,além desta particularidade , habitada por gente, com actividades social política e cívica relevantes.
Os operários das oficinas e fábricas de cantarias, varias ocasiões,reivindicaram de modo activo melhores condições de vida.Mesmo no tempo da ditadura, ocorreram greves.A repressão foi dura, e Pêro Pinheiro nesse tempo, das poucas povoações em Portugal, não tendo a categoria administrativa de vila ou freguesia, estava dotada de posto da Guarda Republicana.
Este ambiente social , também fez alguns dos empresários, da zona, assumir atitudes de compreensão e apoio a problemas sociais delicados.
Uma empresa da aldeia de Morelena, com pedreiras no casal do Condado,relativamente a pessoa do Padre José Felicidade Alves, prior da paróquia de Santa Maria de Belém em Lisboa, afastado do sacerdócio em Novembro de 1968 , pelo Cardeal de Lisboa D. Manuel Cerejeira, por defender mudanças na igreja, e pregar contra a guerra colonial.
Opositor do regime ditatorial do Estado Novo , preso pela policia política PIDE. Quando libertado, passou privação por dificuldade conseguir emprego adequado.
Nesse transe ,a empresa de Pêro Pinheiro,admitiu-o como responsável do serviço de pessoal, apesar de tal gesto ser considerado hostil pelo poder de então.
Este episódio ,ilustra a visão do poeta Manuel Alegre. " há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não ".
Foto de icone de Pero Pinheiro, aqueduto Morelena- Base Area da Granja do Marquês