A nove de Abril de 2008, escrevemos nesta "tribuna":
"O freixo da Tala encontra-se junto da placa indicativa da localidade à esquerda da estrada vindo de Mira - Sintra". Encontrava-se porque a vetusta árvore do concelho de Sintra, definhou e teve de ser abatida.Resta a memória, e um vazio difícil de preencher no local onde há sete anos parecia ser "eterno".A placa toponímica também desapareceu.A memória do freixo da Tala,faz parte do acervo do "tudo de novo a ocidente", e só por isso a nossa labuta vale a pena.
Os ambiciosos do momento, alapam-se no governo com o beneplácito de quem os poderia legalmente remover. Querem aniquilar o que resta dos sonhos e ideais duma Revolução, na qual a maioria do povo português acreditou, poderia conduzir a uma vida melhor, um País mais solidário e fraterno: puro engano, esta gente está convencida que levando-nos para desastre económico e social, isso não os afectará pois já depositaram em bancos estrangeiros e "off-shores" o produto dos benefícios obtidos. E estão somente a vingar-se das agruras que dizem ter passado então...
Este estado de coisas não pode continuar: os mais ricos e preparados emigrando, o comércio paralisado, a industria moribunda, o desemprego uma chaga cada dia mais purulenta, a esperança fugidia. Não se pode aceitar a imposição da penúria sabendo nós, quem receita a terapêutica, já sabe que a mesma não resulta. Que fazer?
Voltar à luta como em tempos idos, porque: "Povo, tu sofres, porque te roubam, porque te perseguem, porque te oprimem e te caluniam: mas não é bem que eu vá exacerbar a tua dor e os teus ressentimentos. Não quero desencadear as tuas iras, nem acender-te no peito os desejos mesquinhos da vingança. Quero só que busques remédio a teus males, e que ao buscá-lo te mostres decidido e enérgico. Mas a decisão e a energia não excluem a generosidade e o valor. Só o cobarde é vingativo" (textos Clandestinos 1848, compilação, Marques 1990). Não deixemos que nos tirem nunca o nosso mais precioso valor: a Dignidade. Se querem matar-nos devemos resistir porque defender a vida é um direito que a Constituição de Abril nos garante.
Gomes Leal na sua "Janela do Ocidente", "visionou" o tempo que vivemos: