PADRE AGOSTINHO DA MOTA - UM HOMEM GENIAL
No Município de Sintra , viveram e deixaram a sua " marca " insignes cidadãos , alguns injustamente esquecidos ou pouco conhecidos , cujo exemplo de vida merece ser destacado.
Um deles, o padre franciscano , Fei Agostinho da Mota, de nome secular Joaquim ,natural da freguesia de São Pedro de Cerva, concelho de Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, Trás - os- Montes, nasceu em 5 de Julho de 1875, faleceu na cidade de Lisboa em Outubro de 1938.
Homem de carácter e dilatada cultura eclesiástica e profana, orador de grande eloquência, os sermões que proferiu são considerados ao nível de Padre António Vieira.Jornalista director da revista franciscana " A Voz de Santo António " publicada em Lisboa de 1895 a Maio de 1910 .
Fundou na década 1920, a secção masculina, cidade dos rapazes, do orfanato escola Santa Isabel, situado em Albarraque Rio de Mouro - Sintra, cujas instalações definitivas seriam construidas em 1942 , mediante projecto do arquitecto António Lino.
Agostinho da Mota em discurso proferido nas instalações do orfanato perante altas individualidades do Estado, no Dezembro de 1935, referiu falando do orfanato " Eis a nossa obra. É pouco ? É muito ? É bastante ? É o suficiente ?
É pouco para quem trás dentro da Alma o ardor e a paixão,do infinito. É muito para quem já fez tudo o que devia fazer. É bastante para quem mais não pode fazer. Mas não é o suficiente para quem vê e sente as mais tristes realidades da vida , das quais as primeiras vitimas são precisamente as criancinhas, que se contam por milhões. e concluiu "Vós tornastes possível uma obra impossível, Consolidai-a. fortificai-a aumentai-a eternizai-a ". Nesta ocasião recebeu das mãos do Senhor Presidente da República Oscar Fragoso Carmona a Grã Cruz da Ordem de Mérito.
A obra continua de pé e sólida agora debaixo da protecção da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. e cada vez mais devemos honrar e dar a conhecer o homem que a " sonhou " Padre Agostinho da Mota