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Tudo de novo a Ocidente

RIBEIRA DAS ENGUIAS

Curso de água cuja nascente  está em pequeno manancial , pouco acima do antigo lugar de Fanares , actualmente integrado no aglomerado urbano de Mem Martins,  município de Sintra,   desagua no Rio Tejo, adiante da praia de Santo Amaro, concelho de Oeiras,ao longo do seu percurso tem varias denominações.

Da nascente até atravessar a ponte de cantaria de um só arco, onde passava a antiga estrada real de Lisboa a Sintra,é rio ou Ribeira das Enguias.Dai para diante, pouco abaixo do lugar de A - Dos -Francos, Rio de Mouro; quase a chegar ao sopé da aldeia de Asfamil, designa-se Rio dos Veados, ultrapassados "limites" dos concelhos de Sintra e Oeiras, nome altera-se para Ribeira da Laje,antigamente, Rio de Oeiras.

Passa sob a auto - estrada A-5 Lisboa Cascais, interior dos jardins do Palácio do Marques de Pombal,  entra  depois no Rio Tejo 

Para perpetuar a Ribeira das Enguias, atribui-se em tempo a  artéria da localidade Algueirão Velho, designação.Rua Ribeira das Enguias.

A Câmara Municipal de Sintra,adjudicou  empreitada de requalificação das margens, desde o edifício do Colégio Afonso V, ao IC 19, para permitir a população desfrutar o bucolismo do local, erradamente publicitaram, empreitada de requalificação da Ribeira da Laje , quando deveria ser  como  demonstrei RIBEIRA DAS ENGUIAS . Foto do troço da Ribeira das Enguias,nas Mercês...

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A VEGETAÇÃO NA TOPONÍMIA - REGATO DOS AGRIÕES

O nome de alguns sítios, deriva do coberto vegetal abundante no presente ou  passado, característica  de tal modo vincada origina a designação.

No concelho de Sintra, curso de água vindo dos montes e colinas do Vale Mourão, da margem esquerda, a jusante da povoação de A-dos-Francos, freguesia de Rio de Mouro, entra no Rio dos Veados  conhecido por: " REGUEIRA DOS AGRIÕES", porque nas  margens crescerem tufos verdejantes daquele vegetal.

Consumido nas sopas e saladas, rico em minerais, principalmente ferro. Originário da Europa, cultivado em Portugal, um pouco por todas regiões, também na de Lisboa ,  concelhos de Sintra e Loures, são maiores produtores. Curiosamente, as águas que escorrem para o curso de água, provêm das colinas onde se situam  antigas minas de ferro de Asfamil; já referidas neste "blog".

A natureza  fonte de conhecimento, inesgotável.

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A MINA DO "PINTOR" EM ASFAMIL SINTRA

Segundo o CATÁLOGO DAS MINAS DE FERRO DO CONTINENTE (português), da autoria dos Agentes Técnicos de Engenharia Costa Moura e Silva Carvalho, editado pelo Serviço de Fomento Mineiro (1952), no dia 17 de Março de 1909 foi registada por Alexandre Roux a descoberta duma mina de ferro situada em Asfamil, freguesia de Rio de Mouro concelho de Sintra distrito de Lisboa. O estudo geológico do terreno, onde se apresenta o jazigo de ferro de Asfamil, é constituído por calcários cretácios manchados de quando em quando por cúpula da formação basáltica da região lisbonense.

O Jazigo que tem o aspecto de camada ou depósito, é recheado por óxidos hidratados de ferro de aspecto hematítico de coloração variável, por vezes vermelha, por vezes anegrada, parece ter sido um depósito sedimentar provavelmente de carbonato de ferro transformado em óxidos pela acção atmosférica. O proprietário era pintor de talento, teve como propósito da sua exploração a utilização dos minérios para o fabrico de cores para a pintura, e já possuía alguns aparelhos para a trituração, lavagem e mistura dos finos para a preparação das tintas. A morte impediu-lhe realizar o projecto criando uma indústria nova e interessante no nosso país. Alexandre Roux tinha vindo para Portugal  abrir os Grandes Armazéns do Chiado Lisboa nos finais do século XIX.

Normalmente o minério de ferro é utilizado para fins siderúrgicos e no fabrico de ferramentas de todo o tipo. No entanto, Roux pretendia obter cores para as suas pinturas. Infelizmente faleceu em 1911, e desse modo os Ocres de Asfamil perderam-se para sempre.

Em 1952 o proprietário era Richard Kurt Porst. O minério de Asfamil deve jazer sob a terra e a vegetação. O sonho colorido de Roux não se concretizou, foi pena. Mais um dos mistérios que A OCIDENTE se guardam, e agora partilhei com todos vós...Teria sido um encanto se as tintas de ROUX 

chegassem a captar este colorido duma árvore de SINTRA. 

 

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