DESVELADO MAIS UM SEGREDO DE LEAL DA CÂMARA
Na publicação número um deste blog, acerca da origem do topónimo Rinchoa, dei conhecer verdadeiro significado do nome, acabando assim com crendices e suposições baseadas em "palpites", que não passavam disso mesmo!
Convencido da veracidade da investigação, ficava no entanto por esclarecer definitivamente, a dúvida relativa ao porquê Mestre Leal da Câmara nunca havia escrito acerca do significado do nome da urbe a que carinhosamente apelidava "Estado livre da Rinchoa". Como Homem culto, conhecedor de etnografia e etnologia, com certeza saberia o verdadeiro significado do topónimo.
Sendo fantasista, cultor da sátira e do humorismo gostava de atribuir nomes aparentemente irónicos; por exemplo definir a casa onde vivia como "choupana" e gostar que os amigos o considerassem "padre mestre" - isso sei a razão e já comuniquei nesta ocasião.
O Mestre também astrólogo, conhecedor dos fundamentos do "martinismo", gostava de escrever usando metáforas, com a mordacidade de temperamento, cuidava de deixar nos seus quadros sinais simbólicos com mensagens para quem os quisesse descodificar.
Esta particularidade, levou que procurasse, encontrar eventual "mensagem" versando o significado do nome da nossa terra. Ocasionalmente descobri "escondida" na urbanização que idealizou artéria com nome:
Confesso que nunca ouvi tal vocábulo até que passando ocasionalmente, me deparei com aquela placa toponímica; escondida em local pouco frequentado que suscitou curiosidade: Mostajeiro, significa mesmo que "azarola", o prefixo "most" remete para mosto, fermento de vinho novo, fresco. Recordei as brincadeiras onde procuramos encontrar algo escondido, com ajuda de alguém quando estamos afastados do objecto nos dizem: está "frio" fresco ou "morno " etc até descobrirmos .
O significado de "azarola" é arbusto da família das crataegus, a qual pertencem os piltireiros, que são o mesmo que pereira-brava, catapereiro, escamboreiro, pereiro, peniceiro, espinheiro e rinchoeiro.
Os frutos do rinchoeiro são RINCHOAS.
Leal da Câmara, também havia decifrado topónimo, e deixou "pista chadárica" para alguém resolver. Como agora de forma irrefutável se confirmou - "Et voilá".