AS ALDEIAS "JULIANAS" - SEM VOTAÇÃO OU CONCURSO
Iniciamos hoje o roteiro das aldeias cujo topónimo situação geográfica, características urbanísticas e paisagísticas despertaram a atenção.
Começo pela Codiceira que integra a freguesia de São João das Lampas no Município de Sintra, área Metropolitana de Lisboa. Estende-se o casario do aglomerado por zona relativamente extensa do planalto das Lampas. É povoação de existência secular , em 1758, segundo as memórias paroquiais "pombalinas" albergava 33 moradores , sofreu danos provocados pelo terramoto de 1755.
O significado do nome foi objectivo que procurei alcançar, depois de pesquisa aturada encontrei solução.
Codiceira deriva de codesso, arbusto da família das giestas, nomeadamente das de flor branca também conhecidas por giestas das sebes. Destes codessos confeccionavam-se vassouras para varrer o chão,utlizar na construção e "rarer" os fornos. Na região da Codiceira abundava planta de nome "ESTORMO", espécie de urze, com maior grau de dureza, com a qual os habitantes faziam vassouras. A existência de "vassoureiros", está documentada. O termo codeço designava as vassouras "codessais". Assim o topónimo surgiu para apelidar a terra onde se faziam vassouras,indepentemente serem ou não de codessos.
Codesso, grafia coeva, passou a codeço, oralmente o "é" das palavras pronuncia-se como "i", finalmente por sucessão de "acidentais" deslizes fonéticos chegamos a CODICEIRA, aldeia das vassouras. Varremos, uma dúvida, não para debaixo do tapete.