A SINTRA TERRA HOSPITALEIRA
Sintra sempre foi local de acolhimento de gente oriunda de muitas terras e que aqui encontraram trabalho e outras condições para uma vida melhor. Esta pluralidade de origens é uma das vantagens que a urbe sintrense tem relativamente a outros municípios que com ela disputam a primazia autárquica de Portugal.
Este pequeno preambulo, serve para partilhar com os leitores uma pequena mas interessante história. O cronista de Sintra, que foi o saudoso José Alfredo C.Azevedo, nas suas Velharias de Sintra II p.13 refere-se ao seu professor da escola primária, António Joaquim das Neves (Mestre Neves), cuja memória se recorda na lápide colocada no antigo edifício escolar, onde hoje é o gabinete de apoio ao munícipe junto à Câmara Municipal na vila de Sintra, José Alfredo informa que o Mestre era casado com uma professora primária D. Emília das Neves. Esta senhora leccionou muitos anos em Vila verde freguesia da Terrugem. No entanto não nos é dito a naturalidade destes docentes.
O professor António Joaquim das Neves, nasceu no lugar e freguesia de Colmeal, concelho de Góis e D.Emília das Neves e Silva, era natural da freguesia e concelho de Pampilhosa da Serra onde nasceu em 3 de Agosto de 1862. Ambos durante muitos anos foram transmissores de conhecimentos a centenas de crianças do Concelho de Sintra. O Mestre Neves foi um grande Republicano e a sua esposa "era conhecidíssima nos meios culturais do País", o casal viveu em Sintra até ao falecimento. Como muitos de nós, escolheram Sintra como terra de adopção.
O autor destas linhas é também natural de Pampilhosa da Serra, reside em Sintra desde 1973, sendo por isso Sintrense. Como resultado da sua Dissertação de Mestrado em Ciência Política: Cidadania e Governação, defendida em Junho de 2010, foi editado o livro cuja capa ilustra este "post", a sua leitura permitirá conhecer um Concelho, donde vieram algumas pessoas que a Sintra devotam o amor devido a uma terra que se ama. Quem ler o livro pode, deixar a sua opinião, que desde já se agradece.