AS ÁRVORES FLORESTAIS DOMINANTES EM PORTUGAL 1878
O livro de Barros Gomes:"Cartas Elementares de Portugal", publicado em 1878, contém informações interessantes, sobre o tipo de arvoredo existente ao tempo em cada um do concelhos do País, a propósito escrevia: "Citam-se sobretudo as de abundante reprodução espontânea, embora muitas vezes perseguidas pelo homem a acolher-se aos incultos e para longe dos povoados." Sobre o concelho de Lisboa referia: "a arborização espontânea, hoje desaparecida, deve ter sido de carvalho portuguez e oliveira; como indica o zambujal da Ajuda, talvez o também conservado hoje ainda do alto do CARVALHÃO, para designar um dos altos de Lisboa". Do zambujal da ajuda restam ainda alguns zambujos no alto da Ajuda junto ao parque de Monsanto.
No concelho de CINTRA, como então se escrevia, eram apontadas como árvores florestais dominantes: a oliveira o sobreiro, o pinheiro bravo e o carvalho portuguez de restam muitos vestigios na toponimia, como temos observado em trabalhos anteriores.
Dos olivais de Sintra uma das modernas "memórias " é o viaduto do LAGAR ligando, o Cacém ao Casal do Cotão, e edificado no local onde durante décadas laborou um lagar de azeite junto á Ribeira das Jardas também citada como do Papel.
O estudo da evolução do coberto florestal de Portugal é importante para se alterarem os comportamentos que levaram à sua destruição e ao plantio de espécies inadequadas aos nosso solos e clima. Mas nem tudo é mau a Serra de Sintra por exemplo nunca teve tanta e tão variadas árvores como na actualidade.