O EQUINÓCIO E CREPÚSCULO NA SERRA DE SINTRA
Por volta de 21 de Setembro, o Sol oculta-se mais a Oeste. Como oposto ao Oriente o Ocidente, relaciona-se com o corpo enquanto aquele se identifica com a alma. A estação do ano émula do ocidente, é o Outono, a que presidia o deus Dionísio ou Baco.
Segundo Plutarco, filósofo grego, Dionísio era o "SENHOR DA ÁRVORE". Chevalier e Gheerbrant (1982) consideravam-no:"o deus da vegetação da vinha e do vinho dos frutos e da renovação das estações", daí ser-lhe consagrado o Outono, porque é o recomeço da frescura e da abundância depois da secura e escassez do Verão.
Lemos algures, que "na nossa existência temos diante um sol poente e atrás as árvores da nossa vida". Caminhamos para o Ocaso, lugar do poente final, isso não significa acabar nas trevas, a beleza do crepúsculo e da sua Luz talvez signifiquem o aproximar duma outra "claridade".
Em Sintra, no Outono o pôr do sol tem uma tonalidade e beleza impares. Aqui deixamos o poente na Serra de Sintra, observado da Rinchoa. Só para contemplar esta paisagem vale a pena morar aqui. O cenário da renovação está próximo para este território, no sentido do lugar que deve ocupar, o Município mais populoso do País.
Se o mais importante são as pessoas a importância está aqui. Celebremos o EQUINÓCIO, momento de IGUALDADE porque esse é o seu significado.