Antiga fabrica de estamparia e tinturaria, existiu em Rio de Mouro, Concelho de Sintra, foi oficialmente, fundada em 1771. Acerca deste estabelecimento fabril, primeiro laborar no Município; publiquei separata do artigo de minha autoria, inserto na revista Sintria, cujo conteúdo tem sido aproveitado por gente sem princípios, utilizam o que escrevemos sem citarem fonte, enfim.
No inquérito de 1881, o proprietário Filipe José da Luz, respondeu,afirmando fábrica , havia sido fundada no principio do século XIX,primitivo dono, José da Silva,tendo acompanhado a família real quando fugiu para o Brasil,causa das invasões francesas, vendeu a fábrica ao seu avô.
Sabemos agora oficialmente a fábrica nasceu em 1771.
Comemoram-se este ano 250 anos, resolvi assinalar efeméride,prometendo voltar ao assunto, com mais informação acerca deste importante património, da história da nossa terra. A fabrica produzia lenços estampados de tão elevada qualidade,eram comercializados sendo de Alcobaça, e afinal produzidos aqui.
A fábrica estava situada de fronte do adro da Igreja de Nossa Senhora de Belém , em Rio de Mouro,( velho ), apresentando aspecto exterior como mostra a imagem até ser demolida, infelizmente, na década de 1980. Foi depois metalúrgica de alumínios, e hoje estúdio de gravações áudio visuais.
Uma data importante que não devia passar sem justificada referencia.
A praça fronteira ao Palácio Nacional de Queluz, no município de Sintra,alberga no perímetro alguns edifícios de vistosa arquitectura, um deles da torre do relógio,actualmente estabelecimento hoteleiro "pousada Dona Maria I.",outro serve de aquartelamento ao Regimento de Artilharia Anti-Aéra Fixa, finalmente um distinto palácio conhecido por ter pertencido aos viscondes de Almeida Araújo, perto do qual se edificou conjunto habitacional , destinado a criadagem do Palácio Real,designado "Bairro do Chinelo".
A exemplo do sucedido em situações similares,também neste caso últimos proprietários,deram nome a construção.Inicialmente o palácio teve por finalidade servir de casa de campo do segundo Marques de Pombal, Henrique José de Carvalho e Melo, filho de Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro titular da casa Pombal, e sua mulher Eleonora Eva,condessa de Daun,Henrique nasceu em Viena de Áustria 1786, e faleceu 1812, no Rio de Janeiro , para onde havia seguido com a família Real,fugindo da 1ª invasão francesa.
Henrique José detinha extensas propriedades na zona de Queluz, sendo da primeira nobreza, desejava veranear junto da família real.Encomendou projecto da moradia campestre a renomado arquitecto, daí resultou edificação representativa da arquitectura civil portuguesa dos finais do século XVIII.
Notável edifício actualmente sujeito a obras de restauro,com objectivo da pintura das paredes exteriores voltarem a primitiva coloração,idêntica a do real palácio de Queluz.Para não ficar qualquer dúvida acerca da quem seria dono inicial,ostenta na frontaria o brasão da casa Pombal.