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Tudo de novo a Ocidente

IR A FEIRA BEBER CHÁ

Depois de extinção. no inicio década 50 século passado, da romaria do Senhor da Serra,que realizava em Belas, na quinta do mesmo nome, a Feira das Mercês passou ser  mais importante manifestação popular desse tipo de toda a região de Lisboa e arredores.

Afluíam multidões, em busca de divertimento, e comida e bebida que regalava o povo.Leal da Camara retratou com mestria o bulício da feira.

Aproveitando afluência muita gente e entidades, procuravam obter boas receitas para os seus objectivos.

A viúva de Leal da Camara, Srª Júlia Azevedo, pós falecimento do marido, dedicou-se a obras de caridade da paróquia de Rio de Mouro,e mesmo do regime Salazarista, integrando o denominado Movimento Nacional Feminino, organização das mulheres dos altos dignitários apoiantes do Estado Novo.

Na Feira das Mercês, durante anos, pontificaram personagens, populares muito estimados pelos frequentadores. O Pata Larga,inicialmente dedicado ao negócio de comes e bebes, trocou depois actividade pela venda de loiças de barro,alguidares, pratos e púcaros.

Diamantino Batalha,da aldeia do Seixal no caminho da Ericeira,conhecido, " homem dos bigodes"; dado enorme apêndice capilar adornava seu carão tisnado do sol. 

A tia Bucelas, feirante com os pipas de vinho da terra que lhe dava nome.Os ceramistas de Barcelos, família Gonçalves, vendiam os muito procurados bonecos de barro,representando saloio com seu barrete e pipos as costas.

Destoando desta panóplia de figurantes, resolveram as senhoras da melhor sociedade da Rinchoa. lideradas por Dona Júlia,instalar elegante salão de chá, no pátio da quinta da Marquesa,  cujos proventos destinavam auxiliar os pobres protegidos da obra de São Vicente de Paulo, da freguesia de Rio de Mouro.

O salão fez muito sucesso,dando azo a piada popular " Agora só faltava esta,ir a Feira das Mercês, beber chá do legitimo ". 

Enfim! Portugal nos idos de 1958.

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MEMÓRIA CENTENÁRIA DA FEIRA DAS MERCÊS

Na década 1920 Feira das Mercês, era acontecimento importante concorrido, conhecido por gente de muitas e variadas proveniências.Considerada ultima e genuína grande feira e mercado, de todo o País,  mantinha naquela altura, o  carácter primitivo; inspirando muitos artistas a fixarem em pinturas e aguarelas,o pitoresco do recinto.

O antigo muro do derrete, estava por esta altura em desuso; no entanto as donzelas, de muitas léguas em redor, frequentavam a feira, exibindo  fatos vistosos coloridos, procurando, algum namorico...

Na feira distinguiam-se pela indumentária os oriundos de aldeias e casais da área de Sintra, Mafra,Torres Vedras e Oeiras. A gente vinda de Lisboa, pretendia somente divertir-se gozando, uma feira feita pelos " saloios".

A vertente religiosa,mostravam-na pela adoração a Nossa Senhora das Mercês, na capelinha, e participação na procissão no fim da feira.

Os romeiros, de Nossa Senhora das Mercês, distinguiam-se dos feirantes,pela colocação  no chapéu ou casaco  de medalhinhas e fitas coloridas de insígnias da Santa Padroeira do recinto.

Hoje ficamos por aqui,voltarei ao tema.

Finalmente alguém escreveu " A FEIRA DAS MERCÊS, ERA UMA DAS COISAS DIGNAS DE SE VER NOS ARREDORES DE LISBOA - E JÁ SEM NADA TER DE LISBOA "

Ilustro, com esboço de aspecto do certame naquele tempo.

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