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Tudo de novo a Ocidente

Linha Ferroviária do Oeste Português.Adeus Comboio

 Acerca do caminho de ferro do Oeste, muito haverá a descobrir. Quando surgiu a ideia da sua construção,enunciaram-se um conjunto de considerandos,na base dos quais ,aquela linha seria imprescindível para o desenvolvimento do País,conforme  despacho de 21 de Agosto de 1884 assinado por António Augusto de Aguiar,aqueles considerandos,eram de índole,económica, social.turística e militar.Parte do teor daquele documento,é o seguinte: 

"considerando que esta via férrea é destinada a ligar parte do país ao norte  do Tejo com a capital do reino,quando estiver interrompida a linha do leste pelas inundações.Considerando igualmente que o serviço internacional para Espanha e norte dos Pirineus,se fará no caso de estar interrompida ,pela linha de Torres vedras.Além disso em caso de guerra esta via férrea terá de prestar serviços importantíssimos para a defesa militar do reino e da capital,por ser meio de comunicação mais seguro para o transporte de tropas e de material de guerra,para Lisboa e para as províncias do norte,dando igualmente melhor comunicação e mais fácil acesso as linhas de defesa da capital,que a torna uma LINHA FÉRREA ESPECIAL na rede de viação acelerada do reino.Considerando que a linha férrea de  Lisboa, Torres Vedras à Figueira da Foz,é destinada a servir uma das zonas mais povoadas e produtivas do reino".E exemplificava "A vila das Caldas que além de ser muito industrial e comercial,possue  um dos melhores estabelecimentos termais da Península,Leiria capital dum distrito susceptível de grande desenvolvimento.Figueira da Foz praia das mais concorridas do País.As importantes matas que o Estado administra entre o Porto de S.Martinho e a Figueira da Foz,serão atravessadas pelo caminho de ferro"(fim de citação).

A ideia  concretizou-se,quando se executou o troço de Alcântara em Lisboa á vila torrejana,previa-se passagem pela vila de Sintra, dali seguiria para Torres Vedras, servindo a zona dos mármores de Pêro Pinheiro.As forças vivas de Sintra não queriam o caminho de ferro próximo,a classe dirigente local,vislumbrava na facilidade de acesso "invasão" de estratos populacionais diferentes da burguesia e nobreza,habituais visitantes da urbe.Vingou este ponto de vista. A linha a partir da estação do Cacém,continuou na direcção de Torres Vedras,afastando-se da sede do concelho de Sintra,apesar disso, construíram-se neste concelho, diversos apeadeiros e estações: MELEÇAS,TELHAL,SABUGO,PEDRA FURADA.Durante um século a linha do oeste, como passou a ser conhecida ,teve papel de relevo na rede ferroviária nacional.Infelizmente o carácter especial que no começo lhe atribuíram foi esquecido,hoje(2013) é percorrida por pouco tráfego,as estações ,ostentam sinais   de abandono,e "ar saudoso"dos comboios e do bulício dos passageiros.A estação do Sabugo,na imagem, ilustra isso.Deveria ser preservada, tem pormenores construtivos de interesse histórico e de "arqueologia ferroviária",as sua instalações,talvez aproveitadas para dar a conhecer esta" linha especial "traçada ao longo da costa ocidental de Portugal.

  

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