O CABO DA ROCA PORTA DO OCIDENTE
Há gente com jóias da natureza e não as sabe cuidar. Num mundo globalizado a singularidade tem valor acrescentado, por isso, deve ser valorizada e divulgada para fomentar nas pessoas sentimentos de partilha e pertença dando a essa particularidade o devido destaque.
No território sintrense, há um local, cuja envolvente encantadora não tem sido devidamente cuidada. O Cabo da Roca: sendo sem dúvida, o ponto mais a oeste do continente europeu, devia ter o adjectivo de FINIS TERRA, pois está a uma longitude superior há do Cabo Galego com aquele nome. O "Cabo do Monte da Lua" como antigamente se chamava era muito extenso, dizia-se ser o seu comprimento de 10 quilómetros, mar adentro. Como consequência dum mega sismo a terra foi submersa e resultou a "testa do cabo". A profundidade média em frente do Cabo ao longo de várias milhas é por isso de só 10 mts.
O Cabo da Roca devia ser considerado como um Santuário Natural. Batido pelos ventos oceânicos, sem vegetação de grande porte, quem visita o Cabo ao aproximar-se do cruzeiro no topo da falésia sente estar perante um FIM DO MUNDO.
É um lugar de longura e fascínio. Infelizmente os fios eléctricos e os postes de iluminação inadequados conspurcam uma atmosfera que deveria ser unicamente céu e mar.
Urge acabar com esta situação, que degrada o ambiente. E porque não promover um concurso de ideias, de modo a tornar o Cabo da Roca na grande PORTA do OCIDENTE e fomentar ainda mais a visita de turistas? Estamos perante uma atracção de grande potencial.
O nome do cabo deriva do halo de nuvens visível do mar e que quase sempre cobre o seu dorso e Roca é aquilo que o povo chama o "barrão".
Aqui finda a Terra da Europa, entendida como um espaço "do Atlântico aos Urais " frase celébre dum grande Europeu, o General De Gaulle. Devemos contribuir para seja um sítio de comunhão plena entre o Homem e a Natureza. Há poucos lugares no Mundo com tanto mistério e magia como este.