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Tudo de novo a Ocidente

PEREIRAS BRAVAS VOLTAM A RINCHOA

Em apontamento publicado neste "blog" no dia 2 de Julho de 2007, escrevi acerca da origem do topónimo Rinchoa. A natureza quando não condicionada pelo ímpeto modelador da acção humana, tende a conservar ou recuperar "territórios" e particularidades, que caracterizaram desde sempre os sítios.

O processo de ocupação urbanística desregrada modificou o aspecto da fauna e flora de grande parte do Município de Sintra. No entanto, bastou um hiato, uma travagem inesperada na "gula" dos especuladores imobiliários, e eis que lentamente, vão "ressurgindo" muitas singularidades que se julgavam perdidas para sempre.

Na Rinchoa as pereiras bravas, origem do topónimo do lugar, lenta e seguramente estão de volta à terra de onde as pretenderam erradicar.

Deixo foto de uma pereira brava carregada de "rinchoas", que nasceu espontaneamente nas traseiras de  prédio em plena encosta.

P6217496.JPG

 

Ao carnaval de Lisboa

O nosso conterraneo Sintrense, Domingos Maximiano Torres,insigne membro da Arcádia Lusitana ,onde era conhecido por Alfeno Cynthio,um dos grandes cultores do soneto em língua portuguesa ,escreveu no final do século XVIII composição versando o periodo canavalesco na Lisboa daquele tempo.Dois séculos volvidos, pouco terá mudado ,a exemplo de antanho,é preciso muita lata e...peras.

 

                                          Entre nuvens de talco,salta Isabela

                                          Solto o cabelo,o rosto prateado

                                          mostrando aos seus amores eclipsado

                                          O vivo lume de uma ,e de outra estrela

 

                                             

                                           Com as cheirosas linfas jonia bela

                                           Molha o esbelto casquilho embonecado

                                           que havendo-o por mercê fica curvado

                                           o felpudo chapéu com os olhos nela

                                           

                                           Nas esquinas da sordida travessa

                                           a assustadora lata o ar atroa

                                           a pálida laranja se arremessa

 

                                           Largo brinde geral a Baco soa.

                                           Colhe as presas da gula a morte a pressa

                                           Eis aqui os entrudos de Lisboa.

 

 

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