O sitio que titula este meu apontamento está situado na antiga freguesia de Almargem do Bispo, concelho de Sintra, área Metropolitana de Lisboa.
Povoamento do local. segundo vestígios encontrados , iniciou-se em época remota. ilustres e sábios arqueólogos,face aos resultados dos trabalhos de escavações, defendem aqui existiu durante o império Romano ,propriedade agrícola,importante, domínio denominado "Vila".
Esteve programado edificação no Casal, da casa das Selecções da Federação Portuguesa de Futebol,cujo terreno seria cedido pela Junta de Freguesia de Almargem do Bispo.A intenção gorou-se, como é publico tal "casa", foi construida junto ao Estado Nacional do Vale do Jamor , concelho de Oeiras.
A origem do topónimo ,despertava nossa curiosidade há muito ;visitei algumas vezes o local, prestei atenção ao território circundante.Sabemos Almargem quer dizer prado,onde cresce erva que tem ser ceifada para servir de alimento aos animais, quando escasseia o " verde".Não muito distante existe "casal carniceiro".Tanto a tarefa de ceifar como abate de rezes necessitam de instrumentos de corte , facas foices gadanhas, e outros, que devem estar devidamente afiados, para ser utilizados.
Rebolo,entre outros tem significado: pedra para afiar instrumentos cortantes, e também local onde se faziam chocalhos e habitava o artesão que os executava "reboleiro".Casal do rebolo, de modo abreviado seria morada de afiador de alfaias agrícolas, e fabricante de grandes chocalhos.Finalmente, ainda hoje no casal do rebolo,pastam manadas de gado bovino...
Quem apressadamente circula na radial de Sintra, vulgo IC19, e futura Avenida do Ocidente, nem repara quando passa sobre a Ribeira do Jamor, porque contrariamente ao que se verifica em todas as estradas do País, onde qualquer curso de água, seja um pequeno barranco ou caudaloso rio, tem "direito" a uma placa identificativa, aqui parece que ninguém se preocupa com isso! Já é tempo de suprir esta falta, daqui lançamos um apelo a Câmara Municipal de Sintra e à concessionária da estrada que coloquem informação com o nome do curso de água.
Por falar em nome, a ribeira teve vários ,segundo um texto manuscrito do século XVIII: "tem o seu nascimento no lugar do SUIMO e águas livres (...), no sítio onde nasce, e pela Freguesia da Misericórdia da vila de Belas por onde corre tem o nome de ribeira de Belas, e passando pelo lugar de Queluz, toma o nome de ribeira de Queluz,passando pelo lugar de Valejas, toma o nome de ribeira de Valejas, entrando na Freguesia de S.Romão de Carnaxide, tem o nome de ribeira do Jamor e com ele se acaba na sua foz, morrendo no Tejo no sítio chamado da Cruz Quebrada."
Esta descrição, não concide com a designação dada na Planta das Minas e Encamentos de Água do Almoxarifado de Queluz de 1901, nesse documento ao trecho da ribeira, desde a proximidade do cruzamento das actuais Av.Miguel Bombarda com a rua da Bica da Costa até entrar nos jardins do Palácio de Queluz, é atribuído o nome de Rio da Carvoeira,o terreno da margem direita, onde hoje está o Parque urbano de Queluz (Felício Loureiro), e as instalações da Guarda Nacional Republicana, denominava-se TERRA DA CARVOEIRA. O topónimo deve estar relacionado com o fabrico de carvão, para o qual se utilizou durante séculos a lenha dos sobreiros que cobriam o Monte Abraão e de restam pequenos bosquetes na estrada para Cemitério de Queluz. Não vimos noutros documentos referido este nome, pelo que Rio da Carvoeira é um nome perdido, que em tempos alguém atribuiu ao Jamor, o qual tendo um curso de pequena dimensão, foi pródigo em nomenclatura. É uma curiosidade interessante, para terminar voltamos a solicitar:
Por favor não esqueçam a placa, porque é necessária, para que o JAMOR não caia no olvido!