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Tudo de novo a Ocidente

SÃO OS MORTOS QUE NOS COMANDAM NA HISTÓRIA!

Peço desculpa.Tenho de abrir uma excepção no conteúdo dos meus blogs, não existirá muita gente que como eu escreva sobre a Rinchoa, moro aqui há quase 40 anos, adoro o sítio, por isso me entristece que um cada vez maior número de pessoas tome conhecimento da importância da nossa terra por motivos que impressionam. São as consequências do urbanismo e da solidão.

Uma nossa vizinha que morava ao pé da garagem dos reboques que todos sabemos onde fica, morreu o que é natural  dada a sua avançada idade, mas o modo como foi o seu passamento não pode ser tolerado.

Até que a voz me doa direi que não há perdão para o sucedido. Não digam que as relações de vizinhança falharam, porque a vizinha que deu pela falta da Sr.ª.Dª. Augusta Martinho avisou a família e as autoridades, os familiares fizeram o mesmo e ninguém ligou.

As forças policiais, os serviços camarários, as autarquias, os tribunais, tudo ficou mais "quedo que o boi da Merceana". As Finanças actuaram "com zelo e eficiência", alienando um bem avaliado em dezenas de milhar de Euros para saldar uma dívida de menos de 2000 euros.Colocaram em hasta pública uma casa sem fazer a inventariação do recheio...  

A Srª.Augusta faleceu, jazendo no chão da cozinha da sua habitação durante 9 anos, o seu fiel amigo cão pereceu na varanda, talvez varado pela comoção de encontrar a sua dona sem vida, o pássaro de estimação também morreu à mingua e à sede.

Temos de saber como foi possível tudo isto. É um sinal preocupante revelador do nível de degradação da actividade do Estado, alguns dos que exercem  funções de chefia, por  desleixo e incúria, não têm a sagacidade necessária para compreenderem as consequências da sua inépcia. Portugal tende cada vez mais para  a categoria de Estado Exíguo. Temos de mostrar indignação para que situações destas não se repitam.

Descanse,finalmente, em paz no cemitério da nossa Freguesia e que nos digam quando é o funeral da Sr.ª.Dª.Augusta Duarte Martinho, pois devemos comparecer todos os que pudermos, a sua morte deve motivar o nosso empenho para se mudarem as causas deste acto sem nome. A frase de Unamuno que serve de título mostra que situações desta índole podem conduzir a mudanças no exercício da CIDADANIA, entendida como respeito para com quem partilhamos os  caminhos da vida, isto é, praticar o princípio da ALTERIDADE, deixamos  singela lembrança da flor dum lírio branco obtida num canteiro da Rinchoa, e quem sabe,  um dia a nossa vizinha, também viu.  

 

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