Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Tudo de novo a Ocidente

PERO PINHEIRO TERRA DE PESSOAS SOLIDARIAS

A localidade de Pêro Pinheiro, no Município de Sintra, terra de produção e transformação de rochas ornamentais , canteiros e empreendedores do ramo,além desta particularidade , habitada por gente, com actividades social política e cívica relevantes.

Os operários das oficinas e fábricas de cantarias, varias ocasiões,reivindicaram de modo activo melhores condições de vida.Mesmo no tempo da ditadura, ocorreram greves.A repressão foi  dura, e Pêro Pinheiro nesse tempo, das poucas povoações em Portugal, não tendo a categoria administrativa de vila ou freguesia, estava dotada de posto da Guarda Republicana.

Este ambiente social , também fez alguns dos empresários, da zona, assumir atitudes de compreensão e apoio a problemas sociais delicados.

Uma empresa da aldeia de Morelena, com pedreiras no casal do Condado,relativamente a pessoa do Padre José Felicidade Alves, prior da paróquia de Santa Maria de Belém em Lisboa, afastado do sacerdócio em Novembro de 1968 , pelo Cardeal de Lisboa D. Manuel Cerejeira, por defender mudanças na igreja, e pregar contra a guerra colonial.

Opositor do regime ditatorial do Estado Novo , preso pela policia política PIDE. Quando libertado, passou privação por dificuldade  conseguir emprego adequado.

Nesse transe ,a empresa de Pêro Pinheiro,admitiu-o como responsável do serviço de pessoal, apesar de tal gesto ser considerado hostil pelo poder de então.

Este episódio ,ilustra a visão do poeta Manuel Alegre. " há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não ".

Foto de  icone de Pero Pinheiro, aqueduto  Morelena- Base Area da Granja do Marquês 

PC267118.JPG

 

 

A ESTRADA DA PEDRA: PORTAS DE QUELUZ - PÊRO PINHEIRO

As vias de comunicação na " região " saloia ocidental foram projectadas com objectivo de aproveitar o potencial económico do território, possibilitando acesso expedito a Lisboa. A principal estrada lançada com tal propósito  EN 117, ou seja a estrada nacional de primeira classe incluída no plano rodoviário de 1945.

O começo era nas denominadas Portas de Queluz, situadas onde hoje fica  o acesso a autoestrada A5, no limite do concelho de Lisboa. As portas eram postos fiscais, para cobrar taxas de mercadorias que pretendiam entrar na capital, foram extintas em 1912.

Ao longo da EN117, surgiam muitas industrias e armazéns, conforme  premissas que estiveram na base das  abertura ao tráfego: a fábrica de cabos eléctricos,  deu nome a subida no troço inicial, e mais a adiante produtos alimentares em Belas, campo de golfe e cerâmica de Vale Lobos, electrodomésticos no Sabugo, móveis em Morelena e diversas oficinas detrabalho da pedra em Pêro Pinheiro e cercanias. O traçado sofreu alterações com aparecimento posterior de outras vias.

A nacional EN117, passava e passa por Queluz, Pendão, Belas, Serração de Vale de Lobos, Sabugo, Palmeiros, Morelena e terminando na bifurcação com a EN 9 na entrada de Pêro Pinheiro.

Percorri inúmeras vezes a estrada, guardo lembrança de um sitio "mágico" que conheci muito bem, venda de beira da estrada com a sua caixa vermelha do correio na fachada da porta de entrada, funcionando de frente onde actualmente em Alfragide labora uma multinacional alemã, aliás graciosa e utilmente procedeu a recuperação do moinho de vento, do casal, situado dentro das instalações da firma. 

Desculpem para mim a EN 117, além de tudo continua a ser a estrada do CASAL DO GAROTO, assim se denominava local mágico e mítico onde a malta da Buraca, melhor dizendo,  Bairro do Tacha. onde morei ia comprar os rebuçados dos "bonecos da bola".

PC267116.JPG

 

 

NOVIDADES ACERCA DE CABRA FIGA

Escrevemos no "post", publicado em Maio de 2014 que desconhecíamos, onde ficaria a outra aldeia, também referida como sendo "Cabra Figa". A informação que consta, no "Dicionário Geográfico" de 1751 tem o teor seguinte:

"aldeia no termo da vila de Sintra, freguesia de N.S. da Purificação de Montelavar". Decidimos investigar e deparamos, na povoação de Morelena, arredores de Pêro Pinheiro, um largo denominado "Cabra Figa". Este largo termina num penhasco, hoje coberto de vegetação constituída por carrascos e zambujos. O penhasco é o pequeno cabril ou cabra que deu o nome ao sítio tal qual ocorreu com a outra aldeia de idêntico nome assunto do "post" referido. O desaparecimento do lugar, deve ter sido consequência do surto de desenvolvimento que sofreu a aldeia de "Mourilena" nome de antigamente. Em consequência processo de transformação da zona,potenciado pela extracção de pedra,Cabra Figa entrou em declínio e, acabou fazendo parte integrante da povoação mais importante. Com o decorrer do tempo ficou, unicamente, ténue memória do sítio do qual a placa toponímica é testemunho. No decorrer do século XVII, nos registos paroquiais aparece amiúde "lugar de Cabra Figa". Este território está integrado há séculos na freguesia de Montelavar concelho de Sintra, distrito administrativo de Lisboa.

PB022739.JPG

 

O sitio da capela de Nossa Senhora da Conceição

Na periferia da povoação de Morelena,município de Sintra,antiga freguesia de Pero Pinheiro,nos terrenos outrora fazendo parte do grande latifundio medieval,conhecido por "prazo de Meleças" ,deparamos com um singelo e vistoso monumento: a capela de Nossa Senhora da Conceição.O aspecto arquitectónico da ermida tem um certo ar "levantino"pouco usual em Portugal.

O culto a Nossa senhora da Conceição parece ter sido trazido do oriente pra a Irlanda no século IX,daí passou á Inglaterra dois séculos depois.O primeiro bispo de Lisboa o cruzado inglês D.Gilberto,iniciou este culto mariano em Portugal no ano de 1147.No século XVII,a Igreja difunde e aprofunda a veneraçao a Nossa Senhora da Conceição.Em 1646, o Rei de Portugal D.João IV,proclamou solenemente padroeira de Portugal "a Santíssima Virgem Nossa Senhora da Conceição"

Talvez seja este facto o impulso fundador desta "orada".A sua localização e pormenores construtivos ,merecem uma referencia especial neste dia dedicado aos sitios e monumentos dignos da nossa atenção:

Mais sobre mim

foto do autor

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

Curiosidades sobre o autor

Comentários - Alvor de Sintra

Quadros para crianças

Sites e Blogs de Interesse

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D