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Tudo de novo a Ocidente

POMPA E CIRCUNSTÂNCIA

Quem investiga,encontra, quando menos espera, informações sobre estatuto social, desafogo económico, noção de  rendimento patrimonial,das personalidades que vai descobrindo no labor de acrescentar conhecimento.

Vem a propósito, nem sempre prestamos devida atenção  a teor dos assentos paroquiais, contêm,  importantes,e esclarecedores conteúdos.

Escrevi, neste local, acerca do Casal dos Almargens. ou dos Porqueiros,opulenta propriedade, existiu em Rio de Mouro, Sintra, até meados do século XIX, época começou a sua venda em fracções ou quintas.

Já havia conseguido aquilatar da verdadeira riqueza do Casal, formado não só de terras e matas, mas também de azenha, forno de fabrico de cal, adegas, casas de habitação e arrecadações agrícolas; ocasionalmente revendo papelada antiga, dei com assento de óbito de 1754, lavrado pelo pároco, Luís Francisco Simões da igreja de Nossa Senhora de Belém, matriz da freguesia, teor seguinte :

" aos vinte e seis dias do mes de Novembro, se deo sepultura dentro desta igreja, a ... moradora no Casal dos Almargens, junto a Rio de Mouro, a qual faleceo da vida presente, no dia vinte e cinco do dito mes e ano, pelas cinco horas da tarde, com todos sacramentos: Penitencia, Santissimo Viático, e Extrema Unçam, esta sepultada nos covatos, junto do altar  de Nossa Senhora do Rosário, fesselhe hum officio de corpo presente com onze Padres, e se hadem fazer mais  dois  officios  de nove louvores. Nam fez testamento..."

A pessoa em questão era a esposa do proprietário do Casal, simples assento , é manancial de informação relativamente ao estatuto social , da defunta, porque é indicado local exacto onde foi inumado o corpo; Nossa Senhora do Rosário venerada pelas classes ricas.

O viúvo, teve iniciativa juntar onze Padres nas exéquias, gesto sendo certamente dispendioso, demonstrava o seu poder económico. Não é especificado, no entanto, normalmente, funerais deste aparato o cadáver, seria conduzido em caixão até a cova. Prerrogativa de quem tinha posses dai a expressão  " de caixão a cova " , quando se quer referir algo de insólito e icomum.O corpo dos pobres, até ultima  morada seguia envolto num groseiro pano ou lençol, designado: mortalha.

Sempre foi e será até na morte as desiguldades, se mantêm.

Imagem Nossa Senhora de Belém , em procissão, no Largo de Paiões na celebração da sua festa

ANOOSA.JPG

 

 

 

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