A freguesia de Rio de Mouro, Sintra,devido desenvolvimento industrial que patenteava e também a riqueza agrícola e "ganadeira",nas décadas finais de 1800.possuía diversas escolas para ensino primário, duas promovidas pelas igrejas católica Romana, e Igreja Lusitana.
O Cacem pertenceu até década de 50 do século XX, á paroquia de Rio de Mouro.Na localidade existiu escola mista de ensino primário,onde se realizaram exames publico em Outubro, 1874, na presença do Administrador do Concelho de Sintra, Delegado do Procurador Régio, na Comarca, regedor da Paróquia; e reverendo Padre da Freguesia Miguel António de Barros Saraiva.
Os exames incidiam nas seguintes matérias: leitura Bíblica,rudimentos exemplificados de gramática,história, corografia,aritmética, e doutrina cristã. Os resultados, agradaram bastante, e sobremaneira ao júri presidido ,pelos professores Dona Ludovina Martins,Eloy José de Carvalho, este ultimo professor público em Odivelas.Além das matérias alunas apresentaram bordados, em ponto "crivo" causaram boa impressão. sobressaindo véu de mais de um metro ,bordado com uma imagem da Virgem Os examinados foram todos aprovados.
Onde ficaria Colegio do Menino Jesus, escola mista do ensino primário do Cacém na Freguesia de Nossa Senhora de Belém de Rio de Mouro.?Gostava saber, talvez consiga...
Como complemento do que escrevemos sobre a fonte pública da Rinchoa, iremos referir um outro interessante aspecto, relacionado com a mesma:
A água da fonte "não só chegava para a pequena quantidade de moradores" - na época que estamos a reportar-nos a população do lugar não chegava a 80 habitantes" - as sobras iam encher um grande lavadouro público onde as mulheres, lavam a roupa, dando um ar pitoresco a essa parte da Rinchoa". Pelas informações que obtivemos o lavadouro situava-se numa pequena baixa, entre as actuais ruas da Fonte e do Vale, um pouco adiante da imponente sobreira que originou o nosso post de 6 de Novembro de 2007.
No local hoje ocupado com algumas hortas, para rega das quais se aproveita o que resta das águas da fonte, encontramos num dos morros que ladeia a pequena depressão onde existiu o lavadouro: um decrépito castanheiro e um viçoso carvalho negral, que devem ter proporcionado fresca sombra nos dias de calor, que sempre ocorrem neste rincão do concelho de Sintra.
A faina das lavadeiras, constituía um motivo, pelo qual gente de Lisboa e doutros sítios, se deslocava à Rinchoa, para observar o quadro.Como escreveu, o Mestre Leal da Câmara: "não havia amador fotográfico que não registasse no seu KODAK, o gracioso aspecto desse lavadouro".
A urbanização desenfreada dos anos 70 e 80 do século passado,alterou duma forma irreversível a paisagem, essa já não podemos fazer voltar, no entanto a memória e a alma dos sítios ainda a conseguiremos preservar, tornando conhecido o que na voragem dos anos se perdeu.